Conheça o bebê reborn, um boneco que se assemelha a um recém-nascido
Prefeituras intensificam ações para impedir que brinquedos sejam fornecidos pelo SUS, com custo estimado em R$ 2.000.

Bambolês reborn são bonecos hiper-realistas projetados para imitar recém-nascidos. Geralmente são produzidos artesanalmente com materiais como vinil ou silicone, através de um processo detalhado de pintura, aplicação de cabelo fio a fio e outros elementos que reproduzem a textura da pele humana.
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O assunto gerou intenso interesse nas redes sociais nas últimas semanas. Vídeos de “partos” e de “mães” de bebês reborn se espalharam nas plataformas digitais.
A divulgação de informações sobre solicitações de atendimento no SUS e pedidos de assentos preferenciais em transportes públicos tem sido extensa. Órgãos públicos e autoridades expressaram sua oposição a essas práticas.
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Outras cidades seguiram essa tendência com políticas públicas ou campanhas de comunicação.
A Prefeitura de Sorocaba (SP) implementou um programa para que crianças brinquem com bonecos. Já a de Campo Grande (MS) empregou o tema em um anúncio publicitário sobre a vacinação: “Bebê Reborn não pega gripe. Você, sim”.
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Diversos consumidores relatam o consumo de bebês reborn nas redes sociais. Indivíduos os compram por motivos estéticos ou de coleção. Outros os utilizam para fins terapêuticos, como forma de conforto após um aborto espontâneo.
Os preços dos brinquedos variam de acordo com o estabelecimento. Uma pesquisa no Mercado Livre revela itens com valores em torno de R$ 200.
Existem também lojas especializadas. O site Reborn Bebê oferece modelos por cerca de R$ 2.000, com a possibilidade de parcelamento em até 12 vezes. Roupas e acessórios são vendidos separadamente.
O uso de bonecas reborn suscita discussões. Alguns usuários online manifestam incômodo com o nível de realismo dos objetos e questionam os possíveis efeitos psicológicos do uso contínuo, sobretudo fora de aplicações terapêuticas.
A utilização do boneco imita uma relação humana, segundo Fabiana Lira, psicóloga, mestre em psicologia e professora da Unifor (Universidade de Fortaleza). Para ela, o engajamento nas redes sociais demonstra uma busca por audiência a partir de um contexto “narcisista”.
A especialista declarou ao Poder360 que a utilização de bonecas reborn tem um impacto significativo devido à ausência de vínculos humanos de qualidade e profundidade. É necessário refletir sobre as relações sociais e a saúde mental nesse contexto de normalização dos algoritmos.
Fonte: Poder 360