Uma série de indícios de infrações disciplinares de magistrados que trabalharam nos casos da Operação Lava Jato, incluindo o ex-juiz e Senador Sergio Moro (União-PR), foi afirmada como descoberta pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O órgão fez referências a esses indícios em um relatório parcial publicado nesta sexta-feira (15/9), e citou supostas falhas na utilização de vastos montantes obtidos a partir de acordos feitos pela Petrobras e por empresas de construção como a Odebrecht.
A equipe do corregedor-nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, que está realizando a inspeção da 13ª Vara Federal de Curitiba, primeira instância da Lava Jato, e da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), segunda instância responsável pelo julgamento dos processos da operação, produziu o documento. O CNJ receberá o relatório final da investigação para sua apreciação no plenário.
Foi constatado pelo Metrópoles que a juíza Gabriela Hardt, que era substituta do ex-juiz na Lava Jato, e os desembargadores do TRF-4 responsáveis por revisar os atos como acordos de colaboração e condenações dos denunciados na 13ª Vara de Curitiba, também são alvos da investigação, além de Sergio Moro.
Um relatório parcial de correição, fundamentado em testemunhos de juízes, desembargadores e procuradores da força-tarefa, apurou que existia uma “administração confusa” na supervisão de valores surgidos dos acordos, conforme reforçado pelo órgão.