Conselheiro de segurança de Trump deve renunciar ao cargo
Michael Waltz deve deixar o cargo nas próximas semanas devido a um escândalo de vazamento de mensagens, segundo a TV norte-americana.

Michael Waltz, assessor de Segurança Nacional do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve deixar o cargo nas próximas semanas. A informação foi divulgada pela emissora norte-americana CBS News, nesta quinta-feira (1º/5), com base em fontes anônimas próximas ao governo. O vice-conselheiro Alex Wong também deve deixar o cargo.
A substituição de Waltz pode ocorrer em decorrência da repercussão do caso “Signalgate”, um escândalo relacionado ao vazamento de informações sensíveis através de um grupo de mensagens no aplicativo Signal.
Em março, Waltz inadvertidamente envolveu o editor da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, em uma discussão sobre assuntos estratégicos e de segurança nacional confidenciais. O grupo incluía membros de alto escalão do governo, como o vice-presidente JD Vance e o Secretário de Defesa, Pete Hegseth.
O que constava nas mensagens
Goldberg teve acesso a detalhes de uma operação militar dos Estados Unidos no Iêmen, incluindo alvos e cronograma, algumas horas antes dos ataques. O jornalista publicou uma reportagem com essas informações em 24 de março, revelando o erro de Waltz.
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Apesar de Waltz e outros envolvidos negarem o vazamento de informações confidenciais, a divulgação gerou grande impacto. À Fox News, Waltz afirmou não saber como Goldberg foi incluído, mas assumiu total responsabilidade. “Eu criei o grupo, assumo total responsabilidade”, declarou.
Trump desistiu do pedido de renúncia.
Trump ponderou demitir Waltz após o incidente, mas recuou para evitar a percepção de instabilidade no início de seu segundo mandato. Contudo, com o agravamento da crise e a pressão governamental, assessores debatiam a saída do conselheiro nos bastidores.
Segundo a CNN Internacional, o presidente perdeu a confiança em Waltz, sentimento intensificado por outros elementos, incluindo o desempenho insatisfatório de um aliado de Trump nas eleições para o Congresso da Flórida, onde Waltz estava envolvido.
A Casa Branca não confirmou oficialmente a mudança e, por meio da porta-voz Karoline Leavitt, declarou que “não responderá a reportagens com base em fontes anônimas”.
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Michael Waltz é um militar americano.
Michael Waltz foi um dos primeiros indicados por Trump em apoio à sua reeleição. Ex-congresso pela Flórida, atuou em comissões de Inteligência, Serviços Armados e Relações Exteriores, além de ter servido por 27 anos como oficial do Exército e da Guarda Nacional dos EUA, aposentando-se como coronel.
Se a informação se comprovar, Waltz será o primeiro alto dirigente a deixar o governo neste novo mandato de Trump.
Steve Witkoff, empresário e aliado do presidente, é apontado como possível substituto. Ele já atuou como embaixador da Casa Branca em negociações internacionais, abrangendo acordos sobre o programa nuclear iraniano e tratativas com a Ucrânia.
Fonte: Metrópoles