Conselheiro do TCU solicita revisão imediata dos valores pagos aos servidores públicos

Bruno Dantas, do TCU, criticou gastos desnecessários e afirmou que os salários no setor público são inviáveis considerando a situação fiscal atual.

11/06/2025 16h15

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministro dos Transportes, Renan Filho, Bruno Dantas (TCU) Rui Costa (Casa Civil) participam da cerimônia para apresentação do Programa de Otimização de Contratos de Concessão de Rodovias. O evento será realizado às 11h, no Salão Oeste do Palácio do Planalto. A otimização de contratos viabiliza a modernização de concessões "estressadas", isto é, com performance insatisfatória e defasagens técnico e financeira. A expectativa é que as otimizações no âmbito das rodovias federais viabilizem o aporte de R$ 110 bilhões de investimentos entre os anos de 2024 e 2026. | Sérgio Lima/Poder360 - 21.nov.2024

O ministro Bruno Dantas, do TCU, declarou nesta quarta-feira (11.jun.2025) que o Congresso Nacional deve lidar com urgência as distorções salariais no serviço público em face da “crise fiscal”.

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É necessário que o Congresso Nacional interrompa os excessos do funcionalismo público. É preciso moralizar a remuneração, e nós, do TCU, devemos aumentar a intensidade por causa do quadro que atingiu um patamar insustentável.

SISTEMA S

Dantas também apoiou a necessidade de revisar o repasse governamental para o Sistema S. “Corroboro com a pertinente observação do relator sobre os quase R$ 39 bilhões destinados ao Sistema S. Evidente que reconhecemos os méritos das políticas públicas que são levadas a efeito com recursos do Sistema S (…), certamente, esse recurso poderia nos dar um alívio em um momento tão grave”, afirmou.

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O Sistema S é um conjunto de entidades ligadas ao governo, mantidas por contribuições obrigatórias de empresas, que oferecem serviços relacionados à qualificação profissional, saúde, lazer, assistência social e incentivo ao empreendedorismo.

O Sistema inclui o Senai, Sesi, Senac, Sebrae e outras instituições. Apesar de seu papel importante no desenvolvimento econômico e social, os repasses obrigatórios têm sido criticados pelo impacto fiscal e pela ausência de transparência, principalmente em momentos de restrição orçamentária.

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Contas da Presidência

O parecer do ministro relator Jhonatan de Jesus aprovou as despesas do Planalto para o ano de 2024. Segue a íntegra (PDF – 872 kB) da apresentação.

No entanto, existiam ressalvas, como:

Ao ignorar as exigências da lei de responsabilidade fiscal, o Estado lança mão de um orçamento à vista, que em 2024 atingiu a cifra monumental de R$ 563,5 bilhões. Mais da metade desses benefícios fiscais incidem sobre fontes da seguridade social, retirando recursos que poderiam amenizar o crescente déficit da Previdência.

O TCU identificou distorções contábeis significativas no Balanço Geral da União. A auditoria apontou R$ 7,4 bilhões em erros nos ativos e R$ 31 bilhões no patrimônio líquido, que se encontra em situação negativa. O tribunal recomendou que as unidades responsáveis corrijam as distorções e que haja acompanhamento nas auditorias de 2025.

Resultado das receitas e despesas de um governo ou entidade.

O governo federal apresentou um déficit primário ajustado de R$ 13,5 bilhões em 2024. As receitas primárias líquidas totalizaram R$ 2,1 trilhões, e as despesas primárias atingiram R$ 2,2 trilhões.

O resultado se manteve dentro do limite estabelecido pela meta fiscal da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), com centro da meta nulo e intervalo de tolerância de até R$ 28,8 bilhões. A margem foi revisada considerando elementos como calamidade pública, emergência climática e decisões do próprio TCU.

Fonte por: Poder 360

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