Na sexta-feira (16), o Conselho de Orientação do Corinthians (CORI) se manifestou em relação aos balancetes apresentados pela diretoria do clube na quinta-feira passada (15).
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Segundo documento encaminhado à CNN Brasil, os balancetes de janeiro e fevereiro não foram submetidos à auditoria externa e tampouco apresentaram pareceres do conselho fiscal.
Assim, as partes não realizaram as devidas análises dos números apresentados.
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Demonstrativo lançado
O Corinthians anunciou, nesta quinta-feira (15), um superávit de R$ 12,1 milhões nos primeiros dois meses de 2025.
Naquele período, a principal receita do clube veio dos direitos de transmissão, no valor de R$ 78,8 milhões.
As vendas de patrocínio representaram a segunda maior entrada de receita para o Timãio nos dois primeiros meses da temporada, totalizando R$ 35,8 milhões. O balanço também apurou R$ 11,6 milhões provenientes do repasse de direitos federativos de jogadores nesse período.
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O maior investimento do Corinthians foi com a categoria “Pessoal” (salários, direitos de imagem), no valor de R$ 75,3 milhões.
Considerando apenas o futebol, o clube obteve um superávit de R$ 26,4 milhões. Já o clube social apresentou um déficit de R$ 14,3 milhões.
O Conselho Deliberativo do Corinthians rejeitou, no final de abril, as contas do clube relativas ao exercício de 2024, sob a gestão de Augusto Melo. A reunião ocorreu no Parque São Jorge, onde os conselheiros se reuniram para a votação.
Tanto o Conselho Fiscal quanto o Cori (Conselho de Orientação) já haviam recomendado a rejeição dos valores apresentados.
Na votação final, 130 conselheiros rejeitaram as contas de 2024, ao passo que 73 aprovaram e seis se absteram.
Segundo o documento encaminhado pela diretoria ao Conselho Deliberativo, a dívida do Corinthians totaliza 2,568 bilhões, com um aumento de 30% em comparação com o ano de 2023, último período da gestão de Duílio Monteiro Alves.
De acordo com o documento, o Timão encerrou o ano de 2024 com um déficit de R$ 181,7 milhões e uma arrecadação recorde de R$ 1,115 bilhão.
Do total da dívida, R$ 1,8 bilhão seria do clube e R$ 668 milhões do financiamento da Neo Química Arena. Ao final de 2023, no último ano da gestão de Duílio Monteiro Alves, o débito completo do time era de R$ 1,9 bilhão.
Augusto Melo afirma que R$ 191 milhões do débito total do clube foram herdados de 2023, durante a gestão de Duílio.
O débito de R$ 191 milhões compreende um ajuste no saldo devedor do parcelamento do PROFUT junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (R$ 30,2 milhões), contingências consideradas prováveis e não contabilizadas (R$ 56,2 milhões), parcelamento do ISS sobre bilheteria junto à prefeitura de São Paulo (R$ 76 milhões) e contingências originadas em 2024, referentes a dívidas anteriores, como processos cíveis, trabalhista, tributário e Câmara Nacional de Resolução de Disputas (R$ 28,8 milhões).
As demonstrações financeiras elaboradas pela diretoria financeira do Corinthians apresentariam um superávit de R$ 9.530 milhões. Já o balanço de 2023 registraria um déficit de R$ 190,1 milhões.
A área financeira do Corinthians apresentou o balanço aos órgãos fiscalizadores, informando os valores herdados da gestão anterior, porém identificou dificuldades de diánotadamente com o Cori (Conselho de Orientação). De acordo com integrantes da diretoria, a ressalva foi desconsiderada.
A Cori identificou um aumento de R$ 829 milhões no passivo total do clube e recomendou, por 16 votos contra 1, a reprovação das contas do primeiro ano de mandato de Augusto Melo.
A diretoria do Corinthians encaminhou ao Conselho Fiscal documentos que justificam o pedido de revisão das contas de 2023. Caso o CF determine que as informações da gestão de Duílio possuem influência direta na dívida de 2024, o Corinthians avaliará o caso e o Conselho Deliberativo decidirá se reabre ou não as contas.
Fonte: CNN Brasil