O presidente do Conselho Fiscal do Corinthians, Haroldo José Dantas da Silva, anunciou na quarta-feira (21.mai.2025) que irá revisar as demonstrações financeiras do clube nos anos de 2023 e 2024.
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Na carta enviada aos diretores e chefes de outros conselhos, Dantas da Silva afirmou que a decisão foi tomada após a análise de um relatório técnico produzido pelo setor financeiro.
A avaliação técnica aponta para um aumento de R$ 88,6 milhões na dívida do Corinthians em 2024, valor significativamente menor que os R$ 829 milhões apontados pelo Cori (Conselho de Orientação).
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O valor de R$ 829 milhões — com um balanço financeiro que registrava uma dívida total de R$ 2,5 bilhões (incluindo o financiamento da Neo Química Arena) — serviu para reprovar as contas de 2024, primeiro ano de Augusto Melo na presidência do clube.
O presidente do Conselho Fiscal escreveu no ofício, com acesso ao Poder360, que o trabalho será extenso e demorado, devido a diversas iniciativas que precisam ser executadas para a conclusão desta análise e subsequente deliberação.
O problema financeiro intensifica as divergências internas do clube paulista, com Augusto Melo alvo de um processo de destituição, cuja votação ocorrerá em 26 de maio.
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Verificação de dados
A área financeira do Corinthians declarou em seu relatório que a disparidade nos valores se deve a uma dívida antiga, que não havia sido devidamente registrada nos balanços anteriores.
Esses valores abrangem débitos referentes a processos judiciais, dívidas com programas de parcelamento de impostos e do Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro).
A entidade destacou os possíveis equívocos, solicitando a retomada das apurações das contas de 2023 e 2024, conforme noticiado pelo Poder360 na terça-feira (20.mai).
Para determinar a dívida líquida, o clube avalia os valores a receber, em prazos curtos e longos. O departamento financeiro obteve R$ 88,6 milhões.
A avaliação técnica indica que a dívida líquida é determinada pela soma das dívidas a pagar de curto e longo prazo, menos os valores a receber. Contas que não possuem liquidez imediata não são consideradas nesse cálculo.
Fonte: Poder 360