Controvérsia no Corinthians se intensifica com alegações de desvios em emissão de convites corporativos; analise a situação

O clube formalizou registro de ocorrência após a identificação do desaparecimento de documentos; Romeu Tuma Jr. determinou a manutenção de todos os arqu…

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(Imagem de reprodução da internet).

A crise administrativa que o Corinthians enfrenta acumulou novos capítulos devido a polêmicas envolvendo despesas de gestões passadas. O Conselho Deliberativo do clube dará andamento à investigação dos gastos do ex-presidente Andrés Sanchez, em relação ao uso de um cartão corporativo do clube. O Conselho Deliberativo do Corinthians recebeu, desde 4 de julho, ofícios com pedidos de investigações após a revelação do uso indevido do cartão corporativo da Corinthians por Andrés em 2020, quando ele exercia a presidência. O dirigente utilizou R$ 9.416 no cartão do clube durante uma viagem a Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, entre os dias 28 de dezembro de 2020 e 2 de janeiro de 2021, na fase final de seu último mandato na presidência.

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A fatura do cartão de crédito corporativo foi divulgada na rede social X (anteriormente Twitter) pelo perfil @Prmalaoficial em junho. Andres reconheceu os gastos e justificou a situação alegando possuir também uma conta no banco Santander, assim como o clube, o que gerou confusão nos pagamentos. Em contato com a reportagem, ele declarou ter reembolsado o clube em R$ 15 mil. Em 19 de julho, o Corinthians registrou boletim de ocorrência após ser constatado o desaparecimento de registros sobre o controle de despesas. A falta dos documentos foi identificada após Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, ordenar a preservação de todos os documentos correspondentes e de suporte dos últimos sete anos.

Destaca-se que, no caso específico dos pedidos referentes ao uso do cartão de crédito corporativo por Andrés Sanchez, a presidência do CD está analisando todos os pedidos para verificar a viabilidade de unificação em um único processo, evitando decisões contraditórias e buscando maior agilidade nas apurações – que deverão ser amplas para analisar também se houve imperícia na fiscalização. Nada deixará de ser apurado, e teremos todas as garantias a fim de preservar a ordem, segurança jurídica e celeridade na questão, conforme o comunicado do Conselho Deliberativo.

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A diretoria considera que os documentos foram removidos no dia 31 de maio, durante os eventos em que o então presidente afastado Augusto Melo se apresentou no Parque São Jorge, buscando o cargo com fundamento em uma decisão da 1ª Secretária do Conselho Deliberativo, Maria Angela de Sousa Ocampos, que revogou a reunião que progredia no processo de impeachment contra o dirigente. Uma grande confusão ocorreu na sede naquele dia e a Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado para a ocorrência. Apesar do ocorrido, os argumentos de Augusto foram vistos como desprovidos de fundamento estatutário e Osmar Stabile permaneceu na função de presidente interino.

Augusto Melo foi alvo de denúncia do Ministério Público por lavagem de dinheiro, furto qualificado pelo desvio de recursos e organização criminosa, delitos aos quais está vinculado no inquérito policial sobre o Caso Vai de Bet. Ele contesta todas as acusações, e sua defesa solicitou a rejeição sumária da denúncia do MP, “em razão das irregularidades processuais, do desvio inadequado da investigação e da incompetência material”.

Gestão Duílio Monteiro Alves também suscita polêmica.

A controvérsia sobre gastos incorretos do Corinthians também atingiu Duílio Monteiro Alves, que integra o grupo político de Andrés. Na terça-feira, o portal GE noticiou que o Corinthians arcou com despesas pessoais durante a gestão do dirigente, presidente do clube entre janeiro de 2021 e dezembro de 2023. De acordo com a publicação, em 36 dias de prestação de contas, foram registradas 176 compras, totalizando R$ 86.524,62. A maior parte se refere a alimentação e compras em supermercados, mas também houve gastos com medicamentos para disfunção erétil, adquiridos em uma farmácia de Fortaleza, no Ceará, em outubro de 2023. Outras despesas identificadas incluem cerveja, carne bovina, sorvete, frutas, legumes, água sanitária, amaciante de roupas, detergentes, pizzas, peixes, doces, isqueiros, flores, ração animal, bijuteria feminina e um cachorro de pelúcia.

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Em resposta à publicação, Duílio negou veementemente o conhecimento dos gastos. “Diante da grosseira manipulação de supostas planilhas e faturas da minha gestão, divulgadas em perfis anônimos com o objetivo político de assassinar reputações nas redes sociais, requeri ao clube acesso a tais documentos, a fim de que pudesse checar sua veracidade”, disse. “Infelizmente meu pedido não pode ser atendido e, portanto, em razão dessas flagrantes manipulações de documentos, só vou me manifestar quando o clube franquear acesso a eles, pois aí terei dados oficiais para rebater as mentiras. Até lá, porém, tomarei medidas criminais contra quem deturpa informações e também contra quem divulga conteúdo falso contra mim”, completou.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias

Fonte por: Jovem Pan

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