Um relatório alarmante divulgado por uma organização sem fins lucrativos que monitora as mudanças climáticas revela que os incêndios florestais causaram uma perda sem precedentes de 5% das áreas florestais em todo o mundo em 2024. Este dado representa um recorde global, destacando a crescente ameaça às florestas do planeta.
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O efeito mais significativo foi notado nas florestas tropicais primárias, onde 6,7 milhões de hectares foram devastados por incêndios – uma área equivalente ao território do Panamá. Esse número representa quase o dobro do registrado no ano anterior, demonstrando uma aceleração preocupante na destruição desses ecossistemas cruciais.
América Latina em situação de risco.
A devastação não se restringiu a uma região específica, impactando significativamente a América Latina. Países como Bolívia, Belize, Colômbia e outras nações da América Central registraram altas taxas de incêndios florestais, contribuindo para o cenário global de destruição. Da mesma forma, Rússia e Austrália.
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No Brasil, a situação é particularmente grave. O país perdeu 2,8 milhões de hectares de florestas tropicais primárias, sendo a Amazônia e o Pantanal as regiões mais afetadas. As condições climáticas severas, incluindo secas intensas e aumento das temperaturas, contribuíram para que 2024 se tornasse a pior temporada de incêndios desde o início dos registros em 2022.
Além dos incêndios: outras ameaças às florestas
O relatório também aponta um aumento de 13% na perda florestal por outras causas, evidenciando a expansão da agropecuária como um fator significativo. A produção de soja e a criação de gado, principalmente no Cerrado brasileiro, seguem pressionando as áreas florestais remanescentes.
A consequência imediata dessa devastação é o incremento nas emissões de gases do efeito estufa, o que intensifica ainda mais a crise climática global. Especialistas destacam a necessidade urgente de adotar medidas de conservação e recuperação dessas áreas, reconhecendo a ligação intrínseca entre as florestas, as atividades econômicas e a sobrevivência das comunidades que residem nesses territórios.
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Fonte: CNN Brasil