Copom e Fomc sob o foco: corte de juros se aproximam com dados inflacionários nos EUA e Brasil

A semana de 24 de novembro inicia-se com um cenário de cautela no mercado financeiro. A expectativa é de que o feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, que suspende as atividades comerciais na quinta-feira (27), impacte significativamente a liquidez do mercado na sexta-feira (28), devido ao horário de encerramento das operações.

Investidores aguardam a retomada normal da divulgação de dados econômicos americanos, como o Índice de Preços ao Produtor (Producer Price Index, PPI) e o Personal Consumption Expenditure (PCE) de setembro. No Brasil, o foco principal será a prévia da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), prevista para a quarta-feira (26).

A expectativa é que os dados da inflação brasileira, que mostram uma trajetória descendente, influenciem a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) na sua reunião, agendada para os dias 9 e 10 de dezembro. A probabilidade de manutenção da taxa Selic em 15% ao ano é considerada quase unânime, com 92% de chance.

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Ainda que a ata da reunião de novembro já tenha sinalizado que não haverá mais aumentos de juros, a atenção se volta para o comunicado e a ata da reunião de dezembro, buscando uma indicação mais clara sobre o momento do afrouxamento da política monetária.

Nos Estados Unidos, a divulgação da inflação de setembro, medida pelo PCE, também é aguardada, com a expectativa de que a reunião do Federal Open Market Committee (Fomc) em dezembro possa trazer um corte de juros.

Indicadores Econômicos em Destaque

O mercado acompanha de perto o Índice de Confiança do Consumidor FGV (Nov), que apresentou um valor de 89,8, superando a expectativa de 88,5. Além disso, a ferramenta Fed Watch do CME Group indica uma mudança significativa nas expectativas para a reunião do Fomc, com aumento da probabilidade de corte de juros.

A análise dos dados e das expectativas dos investidores demonstra uma busca por sinais claros sobre a direção da política monetária, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.