Corinthians e VaideBet: empresário ligado ao PCC detalha investigação

A Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro, após a quebra de sigilos bancários, identificou contas que movimentaram R$ 1,4 milhão.

15/05/2025 13h49

2 min de leitura

A investigação sobre o contrato de patrocínio entre Corinthians e VaideBet, que apura suspeitas de lavagem de dinheiro e ligação com o crime organizado, seguiu o fluxo dos recursos pagos em comissão pelo acordo. A Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro, com a quebra de sigilos bancários, identificou contas pelas quais circularam R$ 1,4 milhão.

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O dinheiro, pago como comissão pelo patrocínio, foi depositado em uma conta indicada ao Ministério Público pelo empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach. Gritzbach era um delator do Primeiro Comando da Capital.

A investigação aponta que valores desviados em duas transferências de R$ 700 mil, ocorridas em março de 2024, foram repassados para a conta da Rede Social Media Design, empresa de Alex Cassundé. A empresa de Cassundé, por sua vez, efetivou dois repasses para a Neoway Soluções Integradas.

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Em março do ano passado, a Neoway transferiu aproximadamente R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas, que por sua vez realizou mais três transferências para a UJ Football Talent Intermediações, totalizando cerca de R$ 870 mil.

Foi a UJ Football Talent Intermediação que foi mencionada em documentos apresentados a Antonio Vinicius Lopes Gritzbach.

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Gritzbach declarou em seu falecimento que a UJ seria informalmente controlada por Danilo Lima, também conhecido como “Tripa”. Danilo Lima é apontado como integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC). Gritzbach faleceu em 8 de novembro de 2024 no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Outro lado

Na defesa apresentada à CNN, Alex Cassundé declarou categoricamente que teve contato com a VaideBet, e que sempre manteve a melhor e mais clara conduta. Segundo a defesa, documentos demonstram o caminho que ele percorreu até a VaideBet. “Os documentos pertinentes foram apresentados ao processo e corroborados pelas oitivas”, afirmou a defesa, que complementou que Cassundé manteve contato constante com assessores do clube.

A defesa alega que o Cassundá não possui informações sobre outros intermediários, pois a empresa dele foi selecionada, com base em critérios internos do clube, considerando sua participação em campanhas anteriores.

Os repasses estão sob investigação no inquérito e não podemos fornecer mais detalhes além do que já é de conhecimento, conclui a nota.

O Corinthians declarou em nota nas redes sociais que, até o momento, não há evidências de autoria em relação aos fatos citados.

O presidente do Clube reafirma seu total apoio às investigações em andamento, bem como a todas as iniciativas que visem apurar eventuais envolvimentos do crime organizado no futebol brasileiro. O Corinthians destaca que é vítima das circunstâncias investigadas e reforça que não possui controle sobre o que terceiros fazem com valores recebidos em decorrência de contratos firmados. O Clube cumpre rigorosamente todas as suas obrigações legais e contratuais, prezando pela transparência e integridade em suas operações. O Corinthians reitera seu compromisso com a transparência, a responsabilidade e a justiça no esporte, apoiando todas as medidas necessárias para garantir a lisura das competições e combater práticas ilícitas no futebol.

Fonte: CNN Brasil

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