Coronel afirma ter celebrado aniversário no “dia do golpe”
Rodrigo Bezerra Azevedo declara em depoimento ao STF que seu paradeiro pode ser comprovado em 15 de dezembro de 2022.

O tenente-coronel do Exército Rodrigo Bezerra de Azevedo desmentiu, em depoimento ao STF, na segunda-feira (28.jul.2025), qualquer participação em um possível plano para capturar ou eliminar o ministro Alexandre de Moraes. Ele é um dos dez acusados do núcleo 3 da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
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A Polícia Federal aponta que Azevedo estaria envolvido em uma “ação clandestina” que utilizaria técnicas de “anonimização” para sequestrar ou executar o ministro do STF, em operação denominada “Copa 2022”, relacionada ao plano “Punhal Verde Amarelo” idealizado pelo general da reserva Mário Fernandes.
Durante o interrogatório, o militar alegou não ter participado da ação e negou ter utilizado o celular vinculado ao codinome “Brasil”, associado a ele nas investigações. Azevedo ressaltou que, em 15 de dezembro de 2022 (data apontada pela PF como o dia previsto para a execução da operação), comemorava seu aniversário. “Eu estava em casa com a minha família”, declarou.
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O acusado alegou que, após ser preso, manteve-se em tranquilidade por saber exatamente onde se encontrava na ocasião. Além disso, declarou que o relatório da Polícia Federal não apresentou informações claras de localização obtidas por meio de estações rádio-base (ERBs) que pudessem confirmar seu paradeiro.
Entenda.
Investigações da Polícia Federal apontam que o golpe de Estado estava previsto para 15 de dezembro de 2022, data em que se esperava que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionasse um decreto de estado de sítio ou de defesa, com o objetivo de intervir no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e anular as eleições. No mesmo dia, Moraes seria preso e, segundo as investigações, assassinado por militares envolvidos no esquema.
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A ação clandestina atingiu seu ápice em 15 de dezembro de 2022, data em que se esperava a assinatura do decreto golpista pelo presidente Jair Bolsonaro, conforme consta em trecho do relatório da PF sobre o inquérito do golpe. O sigilo do documento foi removido em 26 de novembro de 2024.
Como agiram
As mensagens entre os membros do grupo “Copa 2022” indicam que os investigados estavam em campo, em 15 de dezembro, distribuídos em áreas específicas para, “possivelmente”, realizar ações com o objetivo de capturar o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Núcleo 3 do “Golpe”
A denúncia da PGR aponta que os membros do núcleo 3 teriam responsabilidade pelas ações de campo no monitoramento e neutralização de autoridades públicas. Além disso, são acusados de promover ações táticas para convencer e pressionar o alto comando do Exército a finalizar o golpe.
Os réus são:
Fonte por: Poder 360