Corregedor da Câmara avalia que denúncias contra parlamentares envolvidos em motim podem crescer
Casos mais graves terão direito ao contraditório antes de seguirem ao Conselho de Ética.

O corregedor da Câmara dos Deputados, Diego Coronel (PSD-BA), declarou que iniciará a análise das acusações contra deputados da oposição que participaram da ocupação da Mesa Diretora da Casa, utilizando imagens das últimas quarta-feira (6). A partir dessa investigação, o volume de representações pode ser elevado. Atualmente, 14 parlamentares são acusados.
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Os casos considerados mais graves, com possível pedido de suspensão ou perda de mandato, terão direito ao contraditório, com a abertura de prazo para apresentação de defesa, antes de seguirem para o Conselho de Ética.
O volume de processos pode aumentar. Avaliaremos cada situação individualmente. Os casos mais complexos receberão prazo para a produção de defesa, e para estes solicitarei um período maior para a análise. Para os casos menos complexos, um prazo de 48 horas seria adequado.
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Conforme o regimento interno da Câmara, a Corregedoria teria até dois dias para aprovar as representações e encaminhá-las ao Conselho de Ética, colegiado responsável pela análise aprofundada de acusações contra parlamentares. Diego Coronel deve se reunir nesta terça-feira (12) com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) e demais integrantes da Mesa Diretora para determinar quais casos podem avançar para o Conselho e quais exigem um exame mais criterioso.
Para os aliados de Hugo Motta, o caso mais sério seria o do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), que permaneceu sentado na cadeira do presidente da Câmara. Motta encaminhou a Corregedoria Parlamentar denúncias envolvendo 14 deputados da oposição que obstruíram os trabalhos da Mesa Diretora. Motta direcionou as representações de autoria de deputados do PT, PSOL, e do líder do Republicanos, Gilberto Abramo. Os pedidos incluem perda de mandato e suspensão por seis meses.
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Tramitam para análise punições envolvendo os deputados Sósthenes Cavalcante (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG), Luciano Zucco (PL-RS), Caroline de Toni (PL-SC), Marco Feliciano (PL-SP), Domingos Savio (PL-MG), Zé Trovão (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e Carlos Jordy (PL-RJ), Allan García (PP-MA), e Marcel Van Hattem (Novo-RS). Para esses parlamentares, o pedido inicial é de cassação dos seus mandatos. Também são mencionados Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS) e Julia Zanatta (PL-SC). Para estes, os pedidos são de afastamento do exercício parlamentar.
Fonte por: Jovem Pan