Correios anunciam que prosseguirão com licitação de grande porte para publicidade

O governo prossegue com o processo de R$ 380 milhões, que é alvo de investigação do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público, envolvendo agências relacionadas a escândalos do Partido dos Trabalhadores.

04/06/2025 22h17

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(Imagem de reprodução da internet).

A Correios informaram nesta quarta-feira (4.jun.2025) que prosseguirão com a licitação de R$ 380 milhões para a contratação de agências de publicidade. O montante pode representar até 2% da receita bruta anual da empresa.

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A estatal declarou que não haverá interrupção ou revisão do processo, apesar das investigações em andamento pelo MPF e pelo TCU.

A empresa justificou o incremento do limite de gastos com comunicação estratégica de 0,5% para 2% da receita líquida, com fundamento na Lei das Estatais (13.303 de 2016).

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De acordo com os Correios, a ação não implica em um aumento automático de despesas, mas sim flexibilidade para atuar em um mercado competitivo.

A partir da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, os gastos com publicidade dos Correios retomaram o crescimento, após a gestão anterior não ter renovado os contratos existentes.

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A empresa afirmou que a contratação é “fundamental” para realizar ações de comunicação com legalidade. Contudo, declarou que, em caso de “orientação formal” dos órgãos de controle, os Correios “atenderão prontamente”.

A licitação ocorre em um momento de crise financeira nos Correios. A empresa encerrou o ano com um déficit de R$ 3,2 bilhões – o segundo ano do governo Lula representou o pior período da história.

Diante dos altos valores em face da situação financeira, a empresa declarou que o investimento em comunicação faz parte do plano de reestruturação para reverter “impactos financeiros acumulados” e “subinvestimentos” da gestão anterior.

O processo licitatório utilizou o critério de “melhor técnica” em detrimento do “técnica e preço”.

Para o TCU, se os Correios tivessem priorizado o melhor preço, as propostas dos concorrentes poderiam ser mais econômicas. A área técnica da Corte considera que o modelo adotado pode indicar favorecimento.

A empresa declarou que a decisão foi embasada na Lei 12.232 de 2010 e que uma parcela do orçamento será direcionada ao pagamento de fornecedores e veículos de comunicação, o que justificaria a priorização da qualidade técnica em relação ao preço como critério de seleção.

Além disso, argumentou que, no setor de logística, “não comunicar é perder espaço”, o que agravaria a situação financeira. “Divulgar os serviços, os avanços tecnológicos e o papel institucional dos Correios é essencial para reposicionar a marca no mercado”, afirmou.

A Power360 evidenciou que três das quatro agências finalistas do processo licitatório já estiveram envolvidas em algum escândalo do PT.

As 4 agências de publicidade finalistas, em ordem de classificação na licitação dos Correios, são:

Das quatro citadas, Cálix, Filadélfia Comunicação e Puxe tiveram, em algum momento, alguém ligado ou mencionado em um escândalo envolvendo o PT.

O deputado estadual por São Paulo, Leonardo Siqueira (Novo), apresentou ao TCU quatro indícios de irregularidade na licitação:

O Poder360 tem publicado desde novembro de 2024 reportagens acerca de questões na estatal, incluindo a perda de ações trabalhistas com prejuízo bilionário para a empresa e despesas milionárias com “vale-peru”.

Fonte por: Poder 360

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