Correios apontam “frustração” devido a prejuízos bilionários e atribuem responsabilidade à Taxa da Blusinha

O governo teve prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, quatro vezes superior ao registrado em 2023.

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Os Correios afirmaram que houve “frustração” em relação ao rombo bilionário divulgado nesta sexta-feira (9). A empresa estatal justificou o prejuízo pelo novo marco regulatório das compras internacionais, também chamado de “Taxa da Blusinha“, devido à cobrança de imposto sobre produtos importados de baixo valor.

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O prejuízo dos Correios saltou de R$ 597 milhões em 2023 para R$ 2,6 bilhões em 2024, representando um aumento de aproximadamente quatro vezes em relação ao ano anterior.

A frustração de receita observada em 2024 decorre exclusivamente dos efeitos do novo marco regulatório das compras internacionais, uma demanda do varejo nacional que teve impacto positivo para o setor, mas negativo para os Correios, conforme afirma em nota.

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A empresa pública também responsabilizou decisões tomadas durante o governo Jair Bolsonaro, mencionando o apoio ao Rio Grande do Sul, em razão das inundações que afetaram o estado no ano anterior.

Leia abaixo a nota na íntegra:

Correios lidam com o legado de sucateamento decorrente de investimentos e modernização.

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Diante das críticas ao desempenho financeiro de 2024, os Correios reiteram seu compromisso com a recuperação econômica e a modernização da empresa. Após anos de negligência e deterioração, a estatal implementou uma extensa agenda de transformação, com ênfase em eficiência, sustentabilidade e inovação. Os avanços recentes foram, em grande parte, resultado da redução de benefícios dos trabalhadores – o que resultou em um passivo judicial sem precedentes para a administração em exercício.

Apesar do cenário desfavorável – caracterizado por declínio nas receitas internacionais e incremento de despesas judiciais provenientes de administrações passadas –, os Correios investiram R$ 830 milhões no último ano, atualizando a frota, modernizando a infraestrutura e expandindo sua capacidade tecnológica.

A frustração de receita identificada em 2024 é exclusiva dos impactos do novo marco regulatório das compras internacionais – uma demanda do varejo nacional que gerou resultados positivos para o setor, porém negativos para os Correios.

Em resposta, a empresa implementou um plano abrangente de corte de custos, visando uma economia de até R$ 1,5 bilhão até 2025. Dentre as ações, destacam-se o lançamento de um marketplace próprio e a expansão da participação de mercado no exterior.

Adicionalmente, a Correios estabeleceram parceria com o New Development Bank (NDB) visando obter R$ 3,8 bilhões em investimentos, processo em curso.

A empresa estatal reforça seu papel como apoio logístico do governo, atuante em mais de 5 mil cidades e crucial em situações de emergência, como o auxílio à população do Rio Grande do Sul. Os Correios mantêm o foco na garantia de sua sustentabilidade, sem renunciar à sua missão pública de conectar o Brasil.

Fonte: CNN Brasil

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