Correios buscam reduzir gastos de R$ 1,5 bilhão por meio de cortes salariais e da suspensão do plano de saúde
O governo federal busca diminuir a jornada de trabalho, interromper o período de férias e reavaliar o acordo médico para lidar com a crise financeira de grande porte.

Diante de uma perda de R$ 2,6 bilhões em 2024, os Correios anunciaram um conjunto de medidas que buscam economizar até R$ 1,5 bilhão já em 2025.
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O plano, divulgado em comunicado interno nesta segunda-feira (12.mai.2025), visa, sobretudo, reduzir gastos com pessoal, incluindo a revisão do plano de saúde e a diminuição da jornada de trabalho de alguns colaboradores. Consulte a íntegra (PDF – 429 kB).
A principal alteração inclui a implementação de uma carga horária de 6 horas diárias e 34 horas semanais para trabalhadores administrativos, com redução proporcional do salário. Também está prevista a suspensão temporária de férias, válida a partir de 1º de junho, sendo que os funcionários poderão usufruir do descanso a partir de janeiro de 2026.
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Outro ponto delicado é o redesenho do plano de saúde, que deverá operar em novos formatos, com uma redução estimada de 30% nas despesas. A seleção da rede credenciada será debatida com sindicatos, mas a mudança suscita preocupação em uma das áreas mais sensíveis para os servidores da estatal.
As ações também incluem:
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A queda nas receitas provenientes de pedidos externos e o crescimento por meio de recursos judiciais e precatórios impactaram os resultados da companhia. A gestão da empresa declara que as medidas buscam “fortalecer a capacidade de investimento” e assegurar a viabilidade financeira.
A implementação do plano impõe aos trabalhadores a responsabilidade pela crise financeira. O adiamento de férias e a diminuição da jornada de trabalho com consequente redução salarial provocam insatisfação entre os funcionários, que consideram tais medidas como um revés em seus direitos.
A gestão da empresa acredita que as alterações são transitórias e reitera o “compromisso com a transparência e o diá”. No entanto, o comunicado também deixa evidente que a companhia aposta em reduções drásticas de gastos para buscar o equilíbrio.
As ações surgem em face de preocupações crescentes com a saúde financeira da empresa e sua viabilidade a longo prazo. Documentos internos, obtidos pelo Poder360 em 2024, já apontavam risco de insolvência.
Fonte: Poder 360