Correios Suspende Empréstimo de R$ 20 Bilhões por Juros Altos e Impacta Planejamento 2025

Correios cancelam empréstimo de R$ 20 bilhões com bancos devido a juros altos. Operação, que visava fortalecer liquidez, impacta planejamento do governo para 2025 e 2026

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(Imagem de reprodução da internet).

Correios Suspende Empréstimo de R$ 20 Bilhões Devido a Custos

Os Correios interromperam o processo de contratação de um empréstimo de aproximadamente R$ 20 bilhões com um grupo de bancos. A decisão foi confirmada pela estatal na terça-feira (2), após informações divulgadas por uma fonte do Ministério da Fazenda.

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A operação, que dependia de autorização do Tesouro Nacional, foi cancelada devido a juros considerados acima do limite estabelecido para operações garantidas pela União.

Em outubro, os Correios haviam anunciado as negociações com o objetivo de fortalecer sua liquidez financeira em curto prazo. No entanto, o resultado da operação se mostrou desfavorável, impactando o planejamento orçamentário do governo para 2025 e podendo agravar a situação em 2026, conforme alertou uma autoridade governamental no mês passado.

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A diretoria executiva dos Correios continua buscando alternativas para garantir a liquidez imediata da empresa, visando o andamento das iniciativas de recuperação financeira. A estatal enfatizou que está trabalhando em conjunto com os ministérios para avaliar as opções disponíveis.

Os Correios apresentaram um terceiro trimestre com prejuízo de R$ 1,7 bilhão, elevando o resultado negativo acumulado nos nove primeiros meses do ano para R$ 6 bilhões, em comparação com um prejuízo acumulado de R$ 2,14 bilhões no mesmo período de 2024.

A empresa reconhece que, apesar dos avanços no plano de transformação digital e operacional, ainda enfrenta desafios estruturais que afetam sua competitividade.

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Esses desafios incluem a redução de receitas em linhas tradicionais, a crescente concorrência em segmentos de maior rentabilidade, a rigidez dos custos devido à necessidade de atender a todos os municípios, independentemente da demanda ou da rentabilidade, e restrições de investimento em tecnologia, exacerbadas pela expansão do setor e pela inclusão da empresa no Plano Nacional de Desestatização entre 2021 e 2022.

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