A economia japonesa apresentou contração menor do que o previsto no primeiro trimestre, de acordo com dados oficiais divulgados na segunda-feira (9), com revisões ascendentes nos indicadores de consumo, em meio à incerteza sobre as tarifas dos Estados Unidos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O Produto Interno Bruto (PIB) registrou uma contração de 0,2% entre janeiro e março, em comparação com o ano anterior, conforme dados revisados do Escritório do Gabinete, em vez da queda de 0,7% divulgada em 16 de maio.
Em relação ao trimestre anterior, a revisão se traduz em uma estabilidade, ajustada pelos preços, em comparação com uma contração de 0,2% estimada inicialmente.
LEIA TAMBÉM!
A revisão não contribui significativamente para diminuir a preocupação dos analistas de que o crescimento econômico já estava perdendo força antes da implementação das tarifas recíprocas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em 2 de abril.
“Não se tratou de uma revisão que alterou nossa perspectiva sobre a economia em geral”, afirmou o economista Uichiro Nozaki, da Nomura Securities.
O consumo privado, que representa mais de metade da economia japonesa, apresentou um crescimento de 0,1%, em relação à leitura inicial, com estabilidade. A revisão se deve à incorporação de dados de vendas de restaurantes e jogos, que passaram a ser divulgados posteriormente.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O investimento em bens de capital do Produto Interno Bruto apresentou um crescimento de 1,1%, revisado de 1,4%. Estimativas indicavam 1,3%.
A revisão ascendente nos estoques privados ajudou a diminuir o nível de contração do total, segundo o governo.
O Japão enfrentará uma tarifa de 24% dos EUA a partir de julho, caso não consiga negociar uma taxa menor. Dado que as empresas do setor automotivo representam o maior segmento da economia japonesa, o governo também busca uma isenção para as montadoras japonesas de uma tarifa de 25%.
O economista Kazutaka Maeda, do Meiji Yasuda Research Institute, apontou que, no trimestre abril-junho e subsequente, existem preocupações como as exportações e a queda da demanda interna.
Não está claro como serão as negociações tarifárias, mas, considerando a magnitude da indústria automotiva, será difícil para os EUA recuarem facilmente, o que implica que as negociações serão bastante complexas.
O Brasil detém a maior fatia de vendas de veículos elétricos na América Latina.
Fonte por: CNN Brasil