Crescimento médio anual do PIB deve ser de 3% com Lula, afirma Haddad
O ministro da Fazenda, Haddad, projeta um crescimento de 2,5% para a economia brasileira em 2025, ressaltando o compromisso do governo com as metas fiscais.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Produto Interno Bruto deverá crescer em média 3% ao ano durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva.
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O Brasil apresentou crescimento de 3,2% em 2023 e 3,4% em 2024. “Podemos concluir os 4 anos do mandato do presidente Lula com a taxa média de crescimento de 3% […]. Eu penso que este ano, mesmo com os juros altos, nós vamos crescer em torno de 2,5%”, declarou em entrevista ao portal UOL nesta 2ª feira (12.mai).
As projeções da SPE do Ministério da Fazenda apontam para um crescimento de 2,3% para o Brasil em 2024. O Banco Central estima um aumento de 1,9%, enquanto os agentes do mercado financeiro preveem uma expansão de 2,0%.
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Para combater a inflação, o Banco Central elevou a taxa básica, a Selic, para 14,75% ao ano na quarta-feira (7.mai). Trata-se do maior patamar desde 2006. A decisão deixa espaço para novas aumentos no futuro. A próxima reunião ocorrerá em 17 e 18 de junho.
Haddad afirmou acreditar que a economia brasileira possui condições de crescer de maneira equilibrada, em uma taxa próxima à média mundial, sem justificativas para um crescimento inferior.
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O ministro afirmou que o governo Lula buscará alcançar as metas do arcabouço fiscal. “O Ministério da Fazenda não está pensando em nada a não ser, do ponto de vista fiscal, cumprir as metas estabelecidas. Não há outro plano de voo que não seja isso até o final do ano que vem”, declarou.
Haddad afirmou que realizará tudo o que for necessário para alcançar as metas fiscais definidas pelo governo.
Banco Central
Haddad afirmou que o Banco Central está “sob nova gestão”. O ex-presidente Roberto Campos Neto deixou o cargo após o término do mandato, em dezembro de 2024. O ministro já declarou que os aumentos na taxa básica, a Selic, em 2025, foram determinados pela gestão anterior.
O atual presidente do BC, Gabriel Galípolo, discordou das declarações do ministro. Alegou ter sido “protagonista” na decisão de aumentar a taxa básica de juros.
Na segunda-feira (12.mai), Haddad afirmou que a transição de gestão não foi fácil. “Foi a primeira vez que um governo conviveu 2 anos com um presidente do Banco Central nomeado pela oposição. Falando português claro, o Roberto Campos é uma pessoa que foi nomeada pelo Bolsonaro e continua, politicamente, muito próximo [do ex-presidente]”, declarou o ministro.
Haddad acrescentou que a situação foi complexa. Declarou que Galípolo é uma pessoa de sua confiança, afirmando que “ele que sabe dos constrangimentos que ele herdou, como eu sei dos constrangimentos que eu herdei”.
Galvão afirmou, em dezembro de 2024, que a mudança de cargo foi entre “conhecidos”. Ele agradeceu a Campos Neto pelo trabalho na autoridade monetária.
Galípolo afirmou que o Roberto demonstrou generosidade durante todo o processo de transição. Ele utilizava termos como “suave” e ela, “generosidade”, mas a essência foi uma transição amigável. Roberto sempre se preocupou com a economia do país em todas as reuniões.
Fonte: Poder 360