Crise do metanol: setor de bares se recupera e clientes voltam a confiar, afirma Edson Pinto
Edson Pinto, diretor-executivo da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), destaca que investigações trouxeram tranquilidade …

Setor de Bares e Restaurantes em São Paulo Começa a se Recuperar
Bares, restaurantes e casas noturnas de São Paulo estão vendo um aumento no movimento após semanas de baixa, começando a retomar a normalidade em meio à crise do metanol. Edson Pinto, diretor-executivo da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), comenta que o setor já apresenta sinais de recuperação.
Em entrevista à EXAME, Edson destaca que, apesar da melhora, as projeções de faturamento anual das empresas afetadas devem ser revistas para baixo devido à crise. No primeiro fim de semana de outubro, a Fhoresp registrou uma queda de 27% no movimento de clientes, com uma redução ainda mais acentuada de 52% no consumo de bebidas alcoólicas destiladas.
Impactos e Mudanças no Setor
Alguns estabelecimentos optaram por suspender a venda de bebidas alcoólicas, enquanto outros fecharam mais cedo. Edson Pinto observa que bares e casas noturnas foram os mais impactados em comparação ao restante do setor de alimentos. Contudo, o andamento das investigações trouxe um certo alívio aos clientes.
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Edson afirma que “o pico da crise já passou” e, com a chegada do terceiro fim de semana da crise, o impacto estimado é de cerca de 10%, com uma redução de 40% no consumo de destilados. Apesar da recuperação parcial, os efeitos da crise podem ser prolongados.
Previsões de Faturamento e Comportamento do Consumidor
Um levantamento da Fhoresp projetou um faturamento de R$ 575 bilhões para 2025, com um crescimento de 6,1% no setor de alimentação, que inclui bares, restaurantes e casas noturnas. Edson alerta que, se a crise do metanol persistir até o verão, o impacto financeiro será mais severo.
Além disso, o comportamento dos consumidores mudou. Bares tradicionais e aqueles que adotaram a prática de divulgar notas fiscais estão atraindo mais clientes, segundo Edson. Ele também menciona que 36% das bebidas comercializadas no Brasil são ilegais, o que revela uma grande infiltração de produtos irregulares.
Fiscalização e Insegurança do Consumidor
Arthur Rollo, ex-secretário Nacional do Consumidor no Ministério da Justiça, acredita que a alta porcentagem de bebidas ilegais indica uma falha na fiscalização. Ele ressalta que, quando houve uma fiscalização efetiva, muitos falsificadores foram presos e produtos irregulares foram apreendidos.
Rollo considera que ainda é prematuro falar em normalização dos hábitos de consumo, afirmando que as investigações recentes são apenas “a ponta do iceberg”. Ele expressa preocupação com a insegurança do consumidor em relação às bebidas e sugere que há uma subnotificação de casos de intoxicação devido à ampla adulteração no mercado.
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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