Cultura corporativa: o custo invisível do turnover preocupa empresas
Tempo e talento desperdiçados em anúncios que não impactam o público. A maior falha na publicidade é a falta de conexão com o consumidor.

Astério Segundo: O Desafio da Cultura nas Agências de Publicidade
A publicidade brasileira apresenta uma dualidade marcante: a criatividade vibrante e, simultaneamente, a problemática da pressão e do estresse. Apesar do sucesso em festivais como Cannes, o setor enfrenta desafios como o burnout e a dificuldade em manter equipes estáveis e consistentes.
Não se trata de uma mera observação. Dados do Sinapro-SP e Fenapro (VanPro) revelam que 71% das agências registram níveis elevados de estresse em suas equipes. Em um período de seis meses, 26% delas experimentam taxas de turnover superiores a 15%.
A saída de profissionais representa uma perda significativa, pois leva consigo o conhecimento adquirido e a experiência acumulada ao longo de testes e projetos. Essa lacuna é preenchida por um longo processo de aprendizado, resultando em equipes menos experientes, menor produtividade e trabalhos mais demorados e dispendiosos.
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O impacto final é sentido pelo cliente, que arca com esses custos adicionais. Além disso, existe um custo humano considerável nessa equação.
Muitas agências se tornaram ambientes propícios ao burnout, o que levou a Associação Brasileira de Agências de Propaganda (ABAP) a discutir a saúde mental como prioridade setorial. A razão para essa preocupação é clara: o excesso de demandas, prazos irrealistas e culturas organizacionais frágeis afastam talentos, que são um dos ativos mais valiosos da indústria.
Observando a dinâmica da inovação em Palo Alto, no Vale do Silício, sete anos antes de fundar a 35, percebi que empresas independentes eram mais atraentes para profissionais talentosos. Essa percepção me inspirou a criar uma agência que oferecesse aos seus colaboradores voz, autonomia e espaço para desenvolvimento.
A estrutura física da agência, com um teto de 12 metros de altura, simbolizava a oportunidade de crescimento para todos os seus membros. Essa abordagem resultou em um índice de retenção de talentos notavelmente baixo, com apenas duas pessoas deixando a agência em mais de quatro anos.
O sucesso da 35 demonstra o impacto de uma cultura organizacional forte. Equipes consistentes geram maior inteligência acumulada, eficiência e valor para os clientes. O futuro da publicidade reside em culturas que valorizam e mantêm seus colaboradores, transformando o extraordinário em rotina.
Em um setor que normaliza altas taxas de rotatividade, o desperdício maior é a perda de profissionais talentosos que se sentem pressionados a deixar a empresa. Investir no bem-estar dos colaboradores é, portanto, a melhor estratégia para garantir o sucesso a longo prazo.
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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