Cursos de graduação a distância com baixo desempenho geraram alterações por parte do MEC
O veto do Ministério da Educação impacta cursos como Odontologia, Enfermagem e Psicologia. O baixo resultado no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) justificou a medida.

O Ministério da Educação (MEC) anunciou, na segunda-feira (19), a proibição do ensino à distância (EaD) para cursos de graduação em Direito, Medicina, Psicologia, Enfermagem e Odontologia. A medida foi oficializada nesta terça-feira (20) em decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU). As mudanças foram motivadas pelo baixo desempenho dos cursos EaD em avaliações recentes.
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De acordo com os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), apenas seis dos 692 cursos de Educação a Distância avaliados alcançaram a nota máxima, correspondendo a menos de 1% do total. Esse dado preocupante demonstra a urgência de aprimoramentos na qualidade do ensino remoto.
Novas regras e modalidade semipresencial
As alterações serão introduzidas de forma progressiva e não impactarão os alunos já regularmente inscritos. Além da restrição do Ensino a Distância para certos cursos, o Ministério da Educação também estabeleceu a modalidade semipresencial para algumas áreas, abrangendo Farmácia, Biomedicina, Fisioterapia e cursos de licenciatura.
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Os estudantes, na modalidade semipresencial, têm a possibilidade de desenvolver parte do curso de forma remota e outra parte em ambiente presencial. Essa abordagem busca assegurar o atendimento aos critérios definidos pelo poder público e aprimorar a qualidade do ensino.
Carga horária e interação professor-aluno
As novas normas estabelecem que 20% da carga horária deve ser realizada presencialmente, com atividades online em tempo real. A alteração visa solucionar a questão da ausência de interação entre docentes e estudantes, frequentemente observada em aulas gravadas.
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Adicionalmente, o número máximo de alunos por turma na modalidade semipresencial é de 70. As provas serão aplicadas em regime presencial e, para os cursos semipresenciais, 50% das avaliações ocorrerão de forma presencial e 50% à distância.
Essas alterações refletem a preocupação do MEC em assegurar a qualidade da formação dos profissionais, sobretudo em áreas críticas como saúde e direito, onde a prática e a interação são fundamentais para o desenvolvimento das competências necessárias.
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Fonte: CNN Brasil