Da empregada a gerente: a história de como Dona Rosa resgatou o Hotel Central
A cozinheira impediu o fechamento do tradicional estabelecimento no Recife, após assumir a administração em 2020.

A forte ligação emocional com o Hotel Central, em Recife, fez com que a cozinheira Rosa Maria do Nascimento, aos 60 anos, impedisse o fechamento do estabelecimento em um momento delicado. Os proprietários anteriores haviam tomado a decisão de interromper as operações em 1º de junho de 2020, durante a pandemia de Covid-19.
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Dona Rosa, como é mais conhecida, tomou a decisão de assumir a administração do 1º hotel de luxo da capital pernambucana, diante da iminência de o tradicional empreendimento fechar as portas.
Atualmente, o Hotel Central conta com 23 funcionários. A grande diferença é a história que ele adquiriu ao longo do tempo. Destaca o valor que teve para Pernambuco e, sobretudo, para o Recife por gerar receita, trabalho e contribuir com impostos para o Estado.
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A hospedaria representou a primeira experiência profissional de Dona Rosa com contrato, aos 18 anos, na função de auxiliar de cozinha. “Comecei bastante cedo executando tarefas modestas e recebendo uma quantia muito pequena, apenas para auxiliar na criação das minhas filhas, pois fui mãe precocemente, aos 14 anos”, declarou.
A empresária seguiu o caminho da mãe, que trabalhava como camareira em um hotel. Suas duas irmãs também seguiram essa profissão.
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O estabelecimento está localizado na avenida Manoel Borba, 209, Boa Vista, área central do Recife. Foi fundado pelo empresário greco-suíço Constantin Aristide Sfezzo em 31 de outubro de 1928.
A arquitetura Art Nouveau e seus 35,7 metros de altura destacaram o primeiro edifício arranha-céu da cidade como um elemento diferenciado.
Estrutura
O Hotel Central possui oito andares. Há 46 quartos em uso: 3 são de luxo e 2 estão na cobertura.
Os valores das diárias variam de acordo com os itens inclusos e a configuração do quarto. O café da manhã está incluso.
Os cômodos não são modernos, porém lembram os quartos das grandes propriedades antigas e agradam aos hóspedes que apreciam história, cultura e um bom atendimento.
Restaurante
Antes de administrar o hotel, Dona Rosa alugou o restaurante, localizado no térreo. “Iniciamos a operação no hotel entre 2015 e 2016”, afirma.
A empresária declara que o Tempero da Rosa foi o que garantiu a continuidade e o movimento do hotel até o presente momento.
O local oferece café da manhã diariamente, de segunda a sexta-feira, das 7h às 9h; e aos sábados, domingos e feriados, das 7h às 10h.
O serviço está disponível de terças a sábados para o almoço, no horário compreendido entre 11h e 15h. O preço dos pratos varia entre R$ 22,99 e R$ 34,99.
Destacam-se entre os que se destacam.
Celebridades
Diversas personalidades já se hospedaram no Hotel Central durante sua passagem por Recife. Estão entre os nomes:
Tombamento
Em novembro de 2017, o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural homologou o tombamento do Hotel Central.
Fonte: Poder 360