Dalai Lama garante que não será o último líder do budismo tibetano
O dirigente espiritual declarou que apenas o Gaden Phodrang Trust — organização estabelecida por ele — possui a prerrogativa exclusiva de determinar a s…

O Dalai Lama Tenzin Gyatzo assegurou que haverá um sucessor após sua morte, mantendo viva uma tradição secular que se tornou um ponto central na disputa com o Partido Comunista da China em relação ao futuro do Tibete.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O líder espiritual do budismo tibetano proferiu a declaração nesta quarta-feira (2) em uma mensagem de vídeo para anciãos religiosos.
Ele afirmou que a instituição do Dalai Lama persistirá.
LEIA TAMBÉM:
● Israel matou mais de 80 pessoas em Gaza após ataques, informou o governo
● Lula recebe o presidente do Paraguai em cenário de crise de espionagem
● Lula se reúne com Cristina Kirchner; ex-presidente permanece em regime fechado
O Dalai Lama reside em Dharamshala, na Índia, desde que se exilou do Tibete em 1959, após uma revolta sem sucesso contra o governo comunista chinês.
O líder declarou que apenas o Gaden Phodrang Trust, instituição fundada por ele, possui autoridade exclusiva para reconhecer a futura reencarnação. “Ninguém mais tem o poder de intervir neste assunto”, disse.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O escritório deve realizar os procedimentos de busca e reconhecimento do futuro Dalai Lama de acordo com a tradição passada, disse ele, sem revelar mais detalhes sobre o processo.
O Dalai Lama afirmou que, por volta dos 90 anos, buscaria a opinião dos altos Lamas budistas tibetanos e do povo tibetano para verificar se a instituição dos Dalais Lamas deve persistir.
A herança representa um risco considerável.
O anúncio realizado nesta quarta-feira (2) – dias antes de seu aniversário de 90 anos – prepara o cenário para uma disputa arriscada sobre sua sucessão, envolvendo líderes tibetanos no exílio e o Partido Comunista ateu da China, que afirma ter autoridade para aprovar o próximo Dalai Lama.
De acordo com a tradição, após a morte de um Dalai Lama, ele reencarna em uma nova forma humana para prosseguir com sua missão de compaixão e liderança espiritual.
Essa prática é uma tradição milenar tibetana, fundamentada na ideia de que mestres iluminados podem selecionar seu renascimento para favorecer os seres conscientes.
Fonte por: CNN Brasil