Debate Científico Sobre o Uso de Medicamentos para Emagrecimento
O crescente interesse em “canetas emagrecedoras”, que originalmente eram desenvolvidas para tratar obesidade e diabetes tipo 2, tem gerado um intenso debate entre a comunidade científica e os profissionais de saúde. Essas substâncias, como Mounjaro, Ozempic e Wegovy, que atuam como agonistas dos receptores de GLP-1, imitando hormônios intestinais que controlam o apetite e os níveis de glicose, estão sendo cada vez mais utilizadas sem a devida indicação médica.
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Preocupações com a Segurança e a Longa Duração dos Efeitos
Um estudo recente, publicado na revista Obesity por pesquisadores brasileiros da Faculdade de Medicina da USP e da Faculdade de Saúde Pública da USP, ressalta a falta de dados sobre a segurança do uso desses medicamentos em pessoas saudáveis ou que não sofrem de obesidade ou diabetes.
Essa carência de informações clínicas levanta sérias preocupações sobre os possíveis efeitos a longo prazo desses fármacos no organismo e na saúde mental dos indivíduos.
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Uso Aprovado e Riscos Potenciais
As “canetas emagrecedoras” foram inicialmente autorizadas para uso em pacientes diagnosticados com obesidade ou diabetes tipo 2. Nesses casos, os benefícios e os riscos associados aos medicamentos foram avaliados em ensaios clínicos controlados, e o acompanhamento médico é fundamental para monitorar eventuais efeitos colaterais e orientar mudanças no estilo de vida do paciente.
Efeitos Colaterais e Recuperação do Peso
O uso inadequado desses medicamentos pode resultar em efeitos colaterais conhecidos, mesmo em contextos de uso aprovado, como náuseas, vômitos, desconfortos gastrointestinais e outros sintomas físicos. Estudos também sugerem que uma parcela significativa dos usuários pode recuperar parte do peso após interromper o uso dos medicamentos, especialmente se não forem implementadas mudanças consistentes no estilo de vida.
Recomendações das Autoridades Sanitárias
As autoridades sanitárias reforçam que o acesso a esses medicamentos deve ser restrito à prescrição médica e às indicações aprovadas. A importação ou aquisição de produtos sem controle, especialmente de fontes não regulamentadas, pode expor os usuários a produtos de qualidade duvidosa e a riscos desconhecidos para a saúde.
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