Decisões de Trump prejudicam o multilateralismo, afirma Lula

O petista declarou, em encontro com Putin, que as tarifas impostas por americanos são uma afronta à soberania de nações distintas.

09/05/2025 16h01

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira (9.mai.2025) que as últimas decisões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), abalam a noção de multilateralismo e desconsideram a soberania de outros países.

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As últimas decisões anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos sobre taxas e comércio com todos os países do mundo, de forma unilateral, jogam por terra a grande ideia do livre comércio, jogam por terra a grande ideia do fortalecimento do multilateralismo, e, muitas vezes, jogam por terra o respeito da soberania de outros países que nós temos que ter.

A declaração do chefe do Executivo brasileiro foi feita em reunião bilateral com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Os dois líderes se reuniram na noite de quinta-feira, um dia antes do desfile de 80 anos da vitória soviética na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Lula estava acompanhado de sua esposa, Janja Lula da Silva.

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China e Estados Unidos realizarão neste fim de semana o 1º encontro para discutir as tarifas impostas por ambos os lados. O encontro pode abrir caminho para o encerramento da guerra comercial iniciada após o aumento de taxas aplicadas pelos norte-americanos ao país asiático.

Desde a implementação das tarifas pelo governo Trump, iniciada em abril, as duas maiores potências mundiais não conduziram discussões sobre o assunto. Os chineses responderam com a imposição de tarifas aos norte-americanos, o que levou a uma troca de medidas protecionistas.

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Após aumentar as tarifas sobre produtos chineses, Trump declarou ter sido contatado pelo governo de Xi Jinping para negociar, com as partes conversando diariamente. Essa informação foi desmentida pelo governo chinês, e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, confirmou a inexistência de negociações em curso.

Na semana passada, a China anunciou que estava avaliando a possibilidade de negociar com os Estados Unidos. A exigência dos chineses para iniciar as tratativas é que a Casa Branca cesse as ações isoladas e trate o país “com respeito e sinceridade”.

Acordos comerciais

Lula afirmou que a viagem à Rússia visa aprofundar e consolidar a parceria estratégica. O Brasil buscará firmar acordos, sobretudo no setor de energia, considerando que a principal importação brasileira de petróleo da Rússia, em 2024, alcançou US$ 6 bilhões.

O governador também manifestou interesse em debater a área de ciência e tecnologia. Para tanto, convidou sua ministra, Luciana Santos.

Leia a comitiva de Lula apresentado no infográfico.

Fonte: Poder 360

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