Defesas de militares sustentam inexistência de provas na denúncia de golpe

Advogados de militares acusados de pressionar Forças Armadas e monitorar Moraes alegam que reuniões foram “convívio”.

20/05/2025 15h02

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(Imagem de reprodução da internet).

Os defensores dos membros do núcleo de desinformação afirmaram nesta terça-feira (20.mai.2025) que a acusação da PGR (Procuradoria Geral da República) sobre a tentativa de golpe de Estado não possui provas contra os acusados. O grupo é composto por militares da ativa e da reserva que integraram os “kids pretos” – grupo das Forças Especiais do Exército.

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No julgamento do recebimento da denúncia na 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), o advogado de Bernardo Romão Corrêa Netto, Ruyter Barcelos, argumentou que não existiam provas que justificassem a abertura de ação penal contra o coronel, pois ele não participou da elaboração dos documentos sobre o golpe e as conversas sobre possível ruptura democrática representavam uma “opinião”. Segundo Barcelos, “a arma do crime aqui é a opinião divergente, pensar diferente”.

Segundo denúncia do Ministério Público e investigações da PF (Polícia Federal), o militar coordenou uma reunião entre jovens negros para discutir a influência sobre os comandantes das Forças Armadas na tentativa de golpe. Contudo, os advogados afirmam que o encontro era uma “confraternização” e os temas abordados constituíam uma “conversa informal”.

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O advogado mencionou o fim do auxílio ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. A Polícia Federal, o tenente-coronel, afirmou que esse encontro com os garotos, do qual participou, era um “bate-papo informal” e que nenhuma pressão aos oficiais foi discutida. O argumento foi reiterado pelas demais defesas.

A comissão vota por receber o relatório de denúncia contra 11 militares e 1 policial federal acusados de “atos de coerção”, conforme informado pelo Procurador-Geral da República e pela Polícia Federal.

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Os acusados teriam acompanhado a vigilância de autoridades, incluindo os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, e o então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Também teriam exercido pressão sobre o alto comando das Forças Armadas para que participassem do golpe, por meio da produção da “Carta ao Comandante”.

Ouça os argumentos dos acusados durante o processo judicial:

Após as sustentações finais, o presidente da 1ª Turma, ministro Cristiano Zanin, interrompeu a sessão às 13h08. O julgamento será retomado às 14h30 com a discussão sobre as questões preliminares e o recebimento da denúncia.

Fonte: Poder 360

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