O Departamento de Justiça dos Estados Unidos iniciou uma investigação contra a Alphabet, controladora do Google, devido a uma possível violação antitruste relacionada a um acordo com a Character.AI, desenvolvedora de chatbots com inteligência artificial.
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A entidade governamental procura verificar se a organização da transação representou uma estratégia intencional para evitar auditorias de um possível ato anticompetitivo. No acordo de 2024, os fundadores da Character.AI foram integrados à equipe do Google, porém a empresa permaneceu independente.
O governo americano tem aumentado a fiscalização de operações no campo da inteligência artificial, com foco na possibilidade de grandes empresas de tecnologia suprimirem a competição por meio da aquisição de outras empresas do mercado.
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A investigação, ainda em estágio inicial, sustenta a suspeita de que a manutenção da Character.AI como empresa independente é apenas um disfarce para sua incorporação pelo Google.
A Character.AI se especializa no desenvolvimento de chatbots que simulam virtualmente qualquer pessoa ou personagem. Os fundadores da startup anteriormente trabalharam no Google antes de criar seu próprio negócio. Com o acordo, eles retornaram à gigante de tecnologia, acompanhados por parte da equipe de pesquisa.
O acordo entre Google e Character.AI incluiu uma avaliação da startup em cerca de US$ 2,5 bilhões. Em troca, a startup firmou um contrato de licenciamento não exclusivo com o Google para utilização de sua tecnologia de modelos de linguagem.
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A nova investigação intensifica a pressão antitruste sobre o Google, que já enfrenta decisões judiciais federais apontando que a empresa detém monopólios ilegais nos mercados de busca online e de tecnologia de publicidade.
No âmbito específico do mercado de buscas, o Departamento de Justiça propôs medidas como a separação do navegador Chrome do Google para promover a concorrência. O governo americano também solicitou que um juiz avaliasse se o Google pagava empresas como Apple e Samsung para ser o mecanismo de busca padrão, inclusive em produtos de IA. Adicionalmente, pediu autorização para que reguladores analisem qualquer aquisição relacionada à IA realizada pela empresa.
Fonte: Poder 360