Depois da adoção do cambio flutuante, a argentina sofreu uma queda no seu peso
15/04/2025 às 8h03

Na Argentina, as medidas para reduzir controle cambial (conhecida como “cepo”) entraram em vigor na segunda-feira passada (14/04). Essa decisão marca o fim da paridade fixa da moeda argentina e a introdução do câmbio flutuante, onde seu valor é determinado pela oferta e demanda no mercado. Com isso, o peso argentino desceu enquanto os mercados de ações e títulos do Tesouro registraram fortes aumentos.
Agora, o governo liderado por Javier Milei está tentando abolir o sistema de restrição cambial vigente desde 2019, que proibia a compra de dólares e outras moedas estrangeiras pelos argentinos.
Argentina anunciou um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no valor de US$ 20 bilhões. O ministro da Economia, Luis Caputo, afirmou que esse dinheiro permitirá a “recapitalização do BC para ter uma moeda mais saudável e continuar o processo de desinflação”.
Nova política econômica
No primeiro dia útil após os anúncios, a moeda argentina perdeu 11,38% em relação ao dólar. Por outro lado, o S&P Merval, índice que mede o desempenho das ações mais líquidas da Argentina, registrou uma subida de 4,70%.
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O novo sistema de taxa cambial da Argentina eliminou o chamado “cepo” – uma série de restrições cambiais impostas pelo governo em 2019 para controlar a compra e venda de dólares. Na época, o governo implementou essa medida com o objetivo de limitar as compras de moeda e evitar a fuga de capitais na economia argentina, que estava enfrentando problemas nas contas públicas e altos preços.
Outro ponto anunciado pelo governo argentino foi a abolição da chamada “grampo de dólar”, que limitava o acesso à moeda estrangeira. A partir deste ano, as empresas terão permissão para enviar lucros para fora do país, o que pode libertar mais investimentos das multinacionais.
A nova política cambial da Milei permitirá que o valor argentino varie livremente entre 1.000 e 1.400 pesos para um dólar, em contraste com a antiga política de câmbio fixo. Por exemplo, na última sexta-feira, a moeda estava próxima de 1.074 pesos por dólar.
O novo segmento móvel do governo argentino crescerá em 1% a cada mês, tanto na parte superior quanto inferior. Caso ocorra uma quebra no limite deste intervalo, o Banco Central poderá comprar e vender dólares.
De acordo com o Banco Central argentino, enquanto a moeda flutuar dentro dos limites estabelecidos, a instituição poderá operar nos mercados secundários por meio de operações abertas no mercado – são operações realizadas para controlar a oferta da moeda e auxiliar na política monetária.
Para a FMI, restringir controle do cambio significa permitir que a estrutura monetária da Argentina evolua para uma “taxa de câmbio totalmente flexível no contexto de um sistema bimonetário” – onde o peso argentino e dólar podem ser usados simultaneamente.
Fonte: Metrópoles