Deputadas da oposição em Curitiba argumentam que a Câmara Municipal deve considerar temas relevantes para a cidade e evitar restrições

A cerimônia de abertura dos trabalhos foi marcada pela presença do prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel.

05/08/2025 16h20

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(Imagem de reprodução da internet).

Após o recesso de meados de ano, a Câmara Municipal de Curitiba retomou os trabalhos nesta segunda-feira, 4, com foco em dois temas estruturais: o novo Plano Diretor e a licitação do transporte público. Além disso, vereadores da oposição defendem que as sessões sejam mais propositivas, direcionadas às necessidades da população, e com menos polêmicas para “aparecer nas redes sociais”. A retomada dos trabalhos contou com a presença do prefeito Eduardo Pimentel (PSD).

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Para a vereadora Laís Leão (PDT), a expectativa é de muito trabalho no segundo semestre. “Eu vejo de uma forma muito positiva. Acredito que nós temos mais chances de avançar com projetos bons de vereadores que tramitam nos primeiros seis meses”, disse a parlamentar. Ela vive a expectativa de aprovar o projeto “jardim de chuva”, de sua autoria, que cria novos modelos de drenagem. Com relação aos grandes projetos, Leão disse “que a Câmara Municipal deve ser protagonista neste processo. Temos o desafio de garantir a participação popular relativo ao novo Plano Diretor”.

Enfrentamento com os vereadores federais.

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A parlamentar considera prejudicial o exagero na polarização da Câmara pelos deputados federais, que demonstram maior interesse em discutir temas nacionais em detrimento das questões de Curitiba.

A vereadora Giorgia Prates (PT), que integra a mesa diretora, acredita que o posicionamento crítico deve ocorrer no segundo semestre. “Além de apresentar o contraponto em projetos como a proibição da educação de gênero nas escolas, teremos um grupo de vereadores, que chamo de ‘vereadores federais’, mais preocupado com debates ideológicos que não contribuem para a cidade, só para a própria caminhada eleitoral. Só peço proteção para manter a disposição e a força na luta, porque esse 2º semestre promete”, declarou a parlamentar petista.

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A vereadora Vanda de Assis (PT) afirmou: “Espero que a bancada de extrema direita aja com o respeito que a Casa e a população merecem”. Para a petista, a expectativa é de que a Câmara cumpra trabalho voltado para os interesses da população nos próximos meses.

Questões sociais e discussão.

Um dos desafios da oposição é promover pautas progressistas e de interesse da população mais pobre. “Com certeza nossas propostas sofreram resistência na tramitação dentro de uma casa que parece não ter compreendido a importância da justiça social. Teremos muito trabalho para avançar o PL de transparência da COHAB, da Escola Antirracista e da Curitiba do Axé”, disse Giorgia Prates.

A vereadora Camilla Gonda (PSB) demonstrou afinco com os demais parlamentares. Ela também ressaltou que os assuntos relevantes da cidade necessitam ser discutidos com maior solidez e sem pressagens.

Espera-se que no segundo semestre os debates alcancem um nível mais qualificado e respeitoso, com foco na população curitibana. Abordaremos temas cruciais, como o Plano Diretor e a licitação do transporte coletivo. Contudo, é fundamental que esses assuntos sejam debatidos de forma organizada, evitando votações em regime de urgência que comprometam a qualidade das decisões, como se verificou em junho com a aprovação de empréstimos bilionários e a tramitação da criação de cargos.

Autorização de deslocamento.

Após o recesso, o prefeito Eduardo Pimentel destacou a concessão do transporte como prioridade do seu governo. “Visa garantir até 24 meses de duração. Pode ser 3 meses, 6 meses, 1 ano, pois, sendo uma grande concessão, ela envolve uma transição para que o aspecto mais importante não ocorra, e não ocorrerá, que o trabalhador e a trabalhadora, o jovem, o idoso, o estudante, não fique um dia sequer sem o transporte coletivo em nossa cidade”.

Fonte por: Brasil de Fato

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