Deputados Alvo de Busca da PF: Desvio de Verba e Dinheiro em Casa!

Polícia Federal investiga desvio de dinheiro em cotas parlamentares! Suspeitas envolvendo Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante. R$ 430 mil em dinheiro encontrados na casa de Sóstenes. Detalhes chocantes revelados no Portal da Transparência. Ação pode ser tentativa de intimidação política? Saiba mais!

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(Imagem de reprodução da internet).

Cotas Parlamentares no Centro da Investigação Após Suspeitas de Desvio

A apuração de possíveis desvios de recursos das cotas parlamentares ganhou força com a atuação da Polícia Federal. As chamadas Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) são uma verba mensal destinada a custear despesas dos deputados federais.

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Criadas em 2009, unificam antigos valores indenizatórios e cobrem gastos típicos da atividade legislativa. Isso inclui passagens aéreas, aluguel e manutenção de escritórios nos estados, combustível de veículos, hospedagem fora do Distrito Federal, alimentação, serviços de segurança, divulgação da atividade parlamentar e despesas de assessores.

O valor mensal da cota varia conforme o estado de representação do deputado, influenciado principalmente pelo custo das passagens aéreas entre Brasília e a capital estadual. No Rio de Janeiro, o valor é de R$ 41.553,77, enquanto em Roraima atinge R$ 51.406,33 e no Distrito Federal, R$ 36.582,46.

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Reembolso e Contratos de Locação: Detalhes da Investigação

Os parlamentares podem utilizar a cota por meio de reembolso, com o deputado tendo até 90 dias para apresentar a nota fiscal, ou por débito direto, como na compra de passagens aéreas. As notas digitalizadas ficam disponíveis no Portal da Transparência da Câmara, com exceção de documentos protegidos por sigilo, como despesas telefônicas.

A Polícia Federal investiga um suposto esquema de desvio de recursos por meio de contratos falsos de locação de veículos. Em 2025, assessores dos dois deputados já haviam sido alvo da investigação. Dados do Portal da Transparência da Câmara mostram que, entre janeiro de 2023 e dezembro de 2025, Carlos Jordy gastou R$ 328 mil com despesas de locação ou fretamento de veículos automotores, enquanto Sóstenes Cavalcante desembolsou R$ 414.337,27 e Hugo Motta (Republicanos), R$ 257.719,22.

Descoberta de Dinheiro e Reações dos Parlamentares

Durante as buscas realizadas nesta sexta-feira, os agentes encontraram R$ 430 mil em dinheiro vivo na residência do deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara. Em nota, Carlos Jordy negou irregularidades, afirmando que não cabe ao parlamentar fiscalizar a frota da empresa contratada, mas sim contratar o serviço mais eficiente.

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Ele também afirmou ver tentativa de intimidação política. Sóstenes Cavalcante ainda não se manifestou.

Declaração de Carlos Jordy (PL-RJ)

“No dia de hoje, endereços ligados a mim e ao líder do meu partido, deputado Sóstenes Cavalcante, foram alvo de buscas da Polícia Federal, autorizadas pelo ministro Flávio Dino. As diligências são um desdobramento de buscas realizadas em dezembro do ano passado e teriam como foco supostas irregularidades no aluguel de veículos do meu gabinete.

Uma das alegações é que a empresa contratada — da qual sou cliente desde 2019 — possuiria apenas cinco veículos. Se o contrato existe há anos, o que a operação anterior não encontrou para justificar nova ação agora? Não cabe ao parlamentar fiscalizar a frota ou a estrutura interna da empresa contratada, mas sim contratar o serviço mais eficiente e pelo menor custo, como sempre fiz. É inadmissível, em uma democracia, que a Polícia Federal seja usada para intimidar parlamentares da oposição.

Buscas contra deputados exigem indícios concretos de crimes graves e a atuação de autoridades imparciais. Causa estranheza que eu e o deputado Sóstenes, justamente quando investigamos o roubo de bilhões do INSS, tenhamos endereços violados e documentos apreendidos enquanto exercemos nosso dever constitucional de fiscalização.

Seguirei firme na oposição e na CPMI do INSS. Essas ações não irão me intimidar nem interromper meu trabalho em defesa dos aposentados.”

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