Deputados buscam revogar dispositivo que restringe decisões unânimes no Supremo Tribunal Federal
O movimento fortaleceu-se após a recente decisão do STF em relação a Alexandre Ramagem.

Após a reação da Câmara dos Deputados à decisão do Supremo Tribunal Federal no caso de Alexandre Ramagem (PL-RJ), líderes partidários têm sugerido ao presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) a retomada da Proposta de Emenda à Constituição que restringe os poderes dos ministros.
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O movimento fortaleceu-se após as recentes decisões do STF que se opuseram diretamente às decisões da Câmara. O caso mais marcante envolve Ramagem, acusado de participação na trama golpista que culminou no dia 8 de Janeiro.
Apesar da Câmara ter votado pela suspensão total da ação penal, o Supremo Tribunal Federal manteve a tramitação do processo em relação a parte das acusações.
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A PECÂ
A proposta em questão, aprovada no Senado em 2023 e pendente na Câmara desde outubro de 2024, visa limitar as decisões isoladas dos ministros do STF, STJ e TSE que suspendam normas aprovadas pelo Legislativo ou medidas do Executivo. A principal intenção é que esse tipo de decisão passe a exigir o parecer do plenário da Corte, exceto em situações excepcionais e devidamente justificadas.
Nos bastidores, parlamentares declaram que a intenção atual é agilizar a instalação da comissão especial que examinará a proposta. Motta tem sido pressionado por apoiadores para avançar com a PEC, sobretudo após o fracasso de sua tentativa de reverter no STF a decisão que manteve o processo penal contra Ramagem.
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Ademais, aumenta o desconforto em relação à definição de uma “ampliação do protagonismo” do Judiciário em assuntos que envolvem o funcionamento do Congresso.
Líderes do Centrão e da oposição se uniram em torno da pauta, vislumbrando uma forte atuação do Legislativo.
Fonte: Carta Capital