Deputados destituídos pela decisão do STF manifestam-se

O presidente da Câmara, Hugo Motta, implementou a substituição de sete congressistas por meio da alteração da regra das “sobras eleitorais”.

31/07/2025 20:36

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O presidente da Câmara do Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB,colocou na pauta de votação o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A inclusão do tema na pauta da Casa Baixa foi feita por Motta em seu perfil no X na noite de 3ª feira (24.jun). A movimentação tomou o Executivo de surpresa. Às pressas, os líderes do governo realizaram uma reunião no Palácio do Planalto na manhã desta 4ª feira (25.jun). | Sérgio Lima/Poder360 - 25.jun.2025
O presidente da Câmara do Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB...

Sete deputados federais que tiveram seus mandatos decididos pelo STF manifestaram-se após a formalização da decisão pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

A mudança na regra de ocupação de cadeiras por meio das chamadas “sobras eleitorais” é considerada uma “injustiça” e um “abuso de poder” pelos congressistas impactados.

Com a decisão do Supremo, que altera a contabilização de votos das eleições de 2022, a bancada do Amapá, formada por 8 deputados, é a mais atingida. Metade da bancada do Estado será substituída.

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O Poder360 contatou todos os congressistas impactados pelas mudanças. Desses, sete não deram resposta, e este jornal digital não obteve retorno de Dr. Pupio e Lázaro Botelho. Os outros dois também não se manifestaram nas redes sociais. O espaço permanece aberto.

Em manifestação contra a decisão, Gilvan Máximo publicou nas redes sociais um vídeo em que critica o sistema judiciário por “perseguir” seu diploma de deputado eleito. Ele também estampou sua publicação com a frase: “um dia de luto para a democracia”.

Uma publicação compartilhada por Gilvan Maximo (@gilvanmaximooficial)

Silvia Waiãpi afirma que o sistema se articulou nos bastidores do Congresso Nacional e de forma silenciosa, mencionando uma possível cortina de fumaça em razão das sanções dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes e da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

Uma publicação compartilhada por Silvia Nobre Waiãpi (@silviawaiapi)

O deputado Lebrão declarou, em comunicado, que iniciou um jejum de fome em oposição à decisão do Supremo e à ratificação de Motta. Adicionalmente, o parlamentar informou que encontra-se em boa saúde, se alimentando regularmente, e mantém seu compromisso com o povo de Rondônia.

A assessoria da deputada Professora Goreth informou ao Poder360:

Como professora, aprendi desde cedo a lidar com injustiças e superar obstáculos quase intransponíveis. Acredito firmemente na Educação como ferramenta de transformação e na política como extensão do compromisso com o bem comum. Foi com esse espírito que cheguei à Câmara dos Deputados. Portanto, recebo com profunda indignação a declaração de perda de mandato de sete deputados federais eleitos legitimamente, incluindo o meu, resultante de decisão do Supremo Tribunal Federal.

Não se trata apenas de uma decisão jurídica, trata-se de um golpe direto no coração do processo democrático do nosso país. Fui legitimamente eleita, diplomada e empossada segundo as regras vigentes, e exerci o meu mandato com a consciência tranquila de quem representou a vontade soberana do povo do Amapá.

É inaceitável que as regras sejam alteradas após o apito final, anulando um gol que garantiu a vitória e após a torcida já ter comemorado. Quem se beneficia com isso? Certamente, não é o povo. Essa decisão inédita no período de plena democracia do país desmoraliza o sistema eleitoral, desrespeita o eleitor e compromete a confiança da população nas instituições. Infelizmente, é mais uma demonstração de como, no Brasil, as regras muitas vezes valem apenas quando convém a determinados interesses.

O cargo que desempenhei não foi unicamente meu. Ele foi de cada indivíduo que saiu de casa, que aguardou na fila e utilizou meu número na urna com esperança e confiança de ser devidamente representado. Pertence aos professores, às mães, às mulheres empreendedoras, aos jovens, trabalhadores e trabalhadoras que acreditam na política como ferramenta de transformação.

Eles e todos que acreditam na Justiça nunca recuaram. Foi um trabalho árduo para representar os amapaenses e, ao mesmo tempo, mobilizar todos os recursos legais disponíveis para garantir que esse mandato, erguido com esforço e voto, fosse honrado.

Com ou sem mandato, minha luta pela representação legítima dos amapaenses persiste. O povo do Amapá não será silenciado e eu, como sempre, estarei ao lado dele, firme.

Removeram meu cargo, porém não vão tirar minha dignidade, minha coragem e, em nada, a determinação de seguir lutando por nosso povo.

Continuarei trabalhando para alcançar um Amapá justo, com equidade e chances para todos. Meu compromisso com a educação é diário e inegociável, pois é por meio dela que transformamos realidades e asseguramos um futuro mais digno para o nosso povo.

A deputada Sonize Barbosa declarou ao Poder360 que não faria comentários sobre o caso no momento.

Os seguintes deputados entraram no lugar dos atingidos pelas medidas.

Fonte por: Poder 360

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