Deputados mostram bandeira de Trump para apoiar Bolsonaro na Câmara, em meio a aumento de tarifas
Deputado do PL que liderava comissão ordenou a remoção de faixa por considerar “fora do foco” da reunião.

Deputados da oposição demonstraram apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Câmara dos Deputados na terça-feira (22), em um ato contra a proibição do presidente da Comissão, Hugo Motta (Republicanos-PB), de realizar reuniões de comissões até 1º de agosto. O ato gerou discordâncias dentro da própria bancada bolsonarista.
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O deputado Delegado Caveira (PL-PA), membro da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, prorrogou a exibição do material. Em seguida, o presidente da comissão, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), ordenou a remoção do conteúdo. Ele afirmou que a bandeira não se relacionava ao objetivo da reunião, que era a aprovação de emendas de apoio a Jair Bolsonaro (PL) em reação às recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar do recuo parlamentar, a oposição promoveu reuniões para a terça-feira nas comissões de Segurança Pública e Relações Exteriores, conduzidas por membros do PL, com foco em moções de louvor e solidariedade a Bolsonaro, que enfrentava novas medidas cautelares do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
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A decisão de Hugo Motta, formalizada em edição extra do Diário da Câmara, proibiu quaisquer reuniões de comissões entre os dias 22 de julho e 1º de agosto, período de recessão do meio do ano. Parlamentares do PL reagiram e organizaram um protesto no salão verde da Câmara, onde o líder do partido na Casa, deputado Sostenes Cavalcante (PL-RJ), classificou a decisão como “ilegal e antirregimental”.
Oposição anuncia retomar processos em agosto.
Deputados do PL reiteraram que pretendem votar as moções favoráveis a Bolsonaro após o encerramento do recesso. A ação integra uma estratégia coordenada com o ex-presidente, em reunião realizada na segunda-feira (21), que também abordou a apresentação de novos pedidos de impeachment contra ministros do STF e a defesa da proposta de anistia a condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.
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Jair Bolsonaro havia confirmado sua presença nas sessões desta terça-feira, mas cancelou a ida à Câmara após ser alertado por Alexandre de Moraes sobre o risco de prisão por descumprir medidas cautelares.
Fonte por: Brasil de Fato