Deputados votarão contra o processo de cassação de Zambelli, afirma líder da bancada

Sóstenes Cavalcante declara que a ordem surgiu do presidente do partido, Valdemar Costa Neto.

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Poder Entrevista: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, por Emilly Behnke. | Sérgio Lima/Poder360 00.set.0000

O coordenador do PL na Câmara, Sostenes Cavalcante (RJ), declarou na quarta-feira (2.jul.2025) que a bancada do partido, composta por 88 deputados, votará contra a perda de mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Segundo o parlamentar, a decisão foi motivada pelo presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.

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A liderança do PL, inclusive temos orientação do nosso presidente do partido, que no momento oportuno, como líder do partido eu vou reunir toda a nossa bancada, e nós fecharemos questão, com toda a nossa bancada, para votar pela manutenção do mandato da deputada Carla Zambelli.

O parlamentar declarou que não teve contato com Jair Bolsonaro (PL) em relação a qual posicionamento seguir, mas enfatizou que Costa Neto não tomaria nenhuma decisão sem a autorização do ex-presidente.

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CASO CARLA ZAMBELLI

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), comunicou em 10 de junho que o julgamento da perda de mandato da deputada será realizado em sessão plenária. Para que a deputada do PL seja destituída, serão necessários 257 votos favoráveis entre os 513 possíveis. Ele abandonou a declaração anterior, feita em 9 de junho, quando afirmava que “não cabia” aos parlamentares votarem na cassação da deputada.

A Câmara concedeu em 5 de junho licença de 127 dias a Zambelli. Ela solicitou afastamento por “tratamento de saúde” por 7 dias e mais 113 por “interesse particular”.

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Em 14 de maio, o STF condenou Zambelli, por unanimidade, a 10 anos de prisão, além da perda de mandato, por falsidade ideológica. Ela e o hacker da “Vaza Jato”, Walter Delgatti Neto, tentaram invadir o sistema do CNJ para emitir um mandado de prisão para o ministro Alexandre de Moraes, como se ele mesmo tivesse determinado a própria prisão.

Investigações revelaram que a invasão foi conduzida por Delgatti, que admitiu ter atuado sob as ordens da deputada. O hacker recebeu uma pena de oito anos e três meses de reclusão.

Zambelli afirmou ter deixado o Brasil em 3 de junho. Primeiramente, ela se dirigiu aos Estados Unidos. No dia seguinte, Alexandre de Moraes ordenou a prisão preventiva e a suspensão das redes sociais de Zambelli.

A congressista teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol em 5 de junho, sob solicitação de Moraes. Desta forma, ela é considerada foragida internacional e pode ser presa em outros países.

Fonte por: Poder 360

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