Investigação sobre Bebidas Adulteradas em São Paulo
O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, informou em entrevista ao Jornal da Manhã, nesta sexta-feira (17), que as investigações sobre as bebidas adulteradas com metanol, que resultaram em mortes e intoxicações, indicam uma única fábrica clandestina como origem da contaminação. Segundo Derrite, a operação revelou que o etanol utilizado na produção ilegal era adquirido em postos de combustíveis e já estava contaminado.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
As duas primeiras vítimas fatais, Marcos e Ricardo, consumiram a vodka adulterada em um bar na Mooca. Uma terceira vítima, que sobreviveu, também ingeriu a mesma bebida em outro estabelecimento, no bairro da Saúde. “Isso provou que, em locais distintos, bares distintos, as bebidas vieram dessa mesma fábrica clandestina”, explicou Derrite.
Prisão e Avanços na Operação
Um avanço significativo na operação foi a prisão de uma mulher chamada Vanessa, flagrada em sua casa em São Bernardo do Campo enquanto adulterava as bebidas. No local, a polícia encontrou etanol proveniente de postos de combustíveis. “A nossa linha de investigação, que foi concluída nesse sentido, é que esse etanol adquirido em postos de combustíveis estava contaminado por metanol”, afirmou o secretário.
LEIA TAMBÉM!
Derrite anunciou que a operação continua e novas diligências estão em andamento. “Hoje, cumprimos outros mandados de busca em uma investigada chamada Gabriela”, informou. A investigação confirmou que os dois bares envolvidos nos casos de intoxicação foram abastecidos pela mesma fábrica clandestina operada por Vanessa e seu marido.
Identificação de Postos de Combustível
O secretário também revelou que a polícia já identificou os postos de combustível onde o etanol contaminado foi adquirido. “Provavelmente são dois postos de combustíveis, e as equipes da Polícia Civil estão se deslocando até esses locais para dar continuidade às operações”, disse.
Questionado sobre a possível participação do crime organizado, Derrite descartou essa hipótese. “O que ocorreu foi uma associação criminosa simples e não organizada. Está completamente descartada a participação do crime organizado”, concluiu, enfatizando que a investigação prossegue para identificar todos os envolvidos na cadeia de produção e distribuição das bebidas adulteradas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE