Descubra quais são os empreendimentos de energia eólica marítima no Brasil

Solicitações de licitação para parques eólicos offshore aumentaram 17% em relação a 2023, alcançando um total de 103 projetos.

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(Imagem de reprodução da internet).

Há 103 empreendimentos de complexos eólicos offshore em processo de licitação junto ao Ibama no Brasil. Desde setembro de 2023, os pedidos aumentaram 17%. Os estados do Rio Grande do Sul e Ceará lideram os pedidos com 31 e 26, respectivamente.

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Os complexos apresentam uma capacidade de geração de 244,5 GW de energia elétrica, conforme consta em relatório do Ibama (PDF – 14 Mb).

O litoral do Nordeste apresenta o maior potencial de geração energética, totalizando 113 GW, seguido pelo Sul, com 84 GW, e pelo Sudeste, com 49,9 GW.

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Trinta e três empresas estão em espera com seus projetos pendentes de aprovação no Instituto. O Ibama, em comunicado, declara que a licitação é necessária para que o Brasil “se desenvolva oferecendo à sua população uma infraestrutura ambientalmente adequada e reafirma seu compromisso com essa missão.

A Petrobras lidera as solicitações, com 11 complexos em análise pelo Ibama.

Em 24 de junho de 2025, o Ibama concedeu a primeira licença prévia para um dos projetos da lista mencionada. A autorização foi emitida para o Sítio de Testes de Aerogeradores Offshore, situado a aproximadamente 20 km da costa de Areia Branca (RN).

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As licenças ambientais são decisões definitivas que se classificam em três tipos, emitidas de acordo com a etapa do empreendimento e o gênero de atividade.

Adicionalmente, há a LPS (Licença de Pesquisa Sísmica), referente à pesquisa de dados sísmicos marinos e em zonas de transição.

A produção de energia eólica offshore apresenta um custo mais elevado, ultrapassando três vezes o das eólicas em terra. O estudo, conduzido pelo CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), não inclui os gastos com a construção de novas linhas de transmissão, o que eleva ainda mais essa estimativa.

De acordo com informações da GEI (General Energy Interconnection), as linhas submarinas representam dez vezes o custo das vias aéreas, utilizando as tradicionais torres de transmissão. Um quilômetro dessa rede especificamente custaria entre US$ 1 milhão e US$ 2,6 milhões. O estudo completo (PDF – 638 kB, em inglês) está disponível.

As usinas representariam uma alternativa para nações com menor área territorial e menor capacidade de desenvolver seu potencial energético em solo, conforme o estudo, como Holanda e Dinamarca.

A presidente da ABEEólia (Associação Brasileira de Energia Eólica), Elbia Gannoum, declara que a forma de geração será relevante para responder à crescente demanda por eletricidade no país.

Encontramo-nos em um momento decisivo para a realização da energia eólica offshore no Brasil. A indústria espera por sinais importantes das entidades responsáveis pela regulamentação de leis, visando preparar o desenvolvimento dessa nova tecnologia no país […] é necessário estabelecer processos eficazes que assegurem o sucesso do investimento no Brasil e atendam à demanda por energia elétrica de médio e longo prazo.

Ela argumenta que a implementação trará benefícios que vão além da produção de energia, incluindo a geração de empregos.

A energia eólica offshore atrairá investimentos, criará empregos e renda e introduzirá uma nova indústria no país, considerando seus efeitos multiplicadores característicos.

Fonte por: Poder 360

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