Descubra um teste rápido de reação para avaliar a saúde do cérebro

A rapidez com que o cérebro processa estímulos pode refletir tanto o desempenho cognitivo quanto o risco de desenvolver doenças.

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(Imagem de reprodução da internet).

Com o envelhecimento, o cérebro tende a perder parte de sua capacidade de raciocínio. Contudo, é importante identificar se essa diminuição da velocidade de pensamento é resultado do processo natural de envelhecimento ou de um declínio cognitivo que requer investigação. Um teste simples pode auxiliar nessa distinção.

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O teste com a régua auxilia na avaliação da velocidade com que o organismo responde a estímulos. Essa capacidade diminui gradualmente com o envelhecimento, sendo notável a partir dos 40 anos. Contudo, a perda de agilidade possui consequências mais abrangentes do que se imagina.

Diversos estudos da última década indicam que o tempo de reação pode ser um indicador relevante da saúde do cérebro, inclusive em fases mais avançadas da vida. Uma pesquisa de 2014, por exemplo, revelou que tempos de reação mais lentos estão relacionados a condições cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais (AVC) e até mortalidade precoce.

Como realizar o teste da tira?

É uma das maneiras mais fáceis de medir a destreza mental. A ideia do teste é pegar com pinça uma régua escolar comum enquanto ela está caindo.

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O teste pode ser executado em casa, com a assistência de outra pessoa. É necessário sentar-se com o braço apoiado em uma mesa, permitindo que a mão fique levemente suspensa, com o polegar e o indicador preparados para segurar em uma pinça.

A régua é colocada verticalmente, com o número zero voltado para a mão do executor, a uma curta distância. Sem prévio aviso, a pessoa que a segura a libera, e o objetivo é agarrá-la no menor tempo possível. A distância que a régua percorre até ser pega indica o tempo de reação. Quanto menor a distância, melhor o resultado.

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O que revelam os centímetros percorridos

Pegar a régua antes que ela caia 7,5 centímetros indica excelente tempo de reação. De 7,5 a 15,9 centímetros é acima da média. Entre 15,9 e 20,4 centímetros é considerado na média. Acima disso, o desempenho é classificado como abaixo da média e acima de 28 centímetros, preocupante.

A velocidade da perda de agilidade de reflexo está associada ao aumento da probabilidade de desenvolvimento de doenças.

Essas descobertas sustentam a noção de que o tempo de reação pode ser um indicador acessível do estado geral de saúde. Não se trata de prever doenças específicas, mas de identificar tendências que sugerem a necessidade de acompanhamento médico no processo de envelhecimento.

A pessoa, naturalmente, diminui suas funcionalidades e habilidades com o envelhecimento, o que não implica em diagnóstico de demência ou de outra enfermidade. Conhecendo as circunstâncias em que se encontra, é possível agir para mudar: tanto quimicamente, por meio de medicamentos, quanto no estilo de vida, modificando hábitos, comenta a endocrinologista Alessandra Rascovski, especialista em envelhecimento da clínica ATMA Soma, em São Paulo.

Cérebro sinaliza, corpo desacompanhado.

Os pesquisadores apontam que o tempo de reação no teste da régua indica dois processos separados: o reconhecimento cerebral da queda da régua e a ação motora subsequente para pegá-la. O erro geralmente se manifesta na fase de execução motora.

Os pesquisadores indicam que a percepção do estímulo persiste por um período prolongado. O cérebro identifica a queda da régua em milissegundos, contudo, o corpo demanda mais tempo para responder ao comando, sobretudo após a meia-idade.

A prática de atividades que estimulem o intelecto, o corpo e a interação social pode contribuir para um atraso no desenvolvimento da demência. Ler, adquirir novos conhecimentos e socializar são hábitos que enriquecem a vida de idosos, promovendo a saúde mental e a qualidade de vida, conforme destaca a neurologista Thaís Bento, de São Paulo.

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Fonte: Metrópoles

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