Polícia Federal prende desembargador Macário Júdice Neto na Operação Unha e Carne, que investiga vazamento de informações da Operação Zargun para o Comando Vermelho. A ação faz parte da segunda fase e apura a participação de Flavio Bacellar, presidente afastado da Alerj
A Polícia Federal realizou na terça-feira, 16, a prisão do desembargador federal Macário Júdice Neto, que atua no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). A ação faz parte da segunda fase da Operação Unha e Carne, uma investigação que apura o vazamento de informações confidenciais da Operação Zargun para integrantes do Comando Vermelho.
A prisão ocorreu em um contexto de dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Um dos principais focos das buscas é o desembargador Flavio Bacellar, que atualmente é presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Esta é a segunda vez que Bacellar é alvo da Operação Unha e Carne, após uma prisão revogada dias antes, em votação do plenário da Alerj.
Apesar da revogação, o parlamentar permanece sob medidas cautelares impostas pelo STF.
Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, há “fortes indícios” da participação de Bacellar em uma organização criminosa. A Polícia Federal aponta que o desembargador teria atuado para favorecer o grupo criminoso, assim como a esposa, Flávia Júdice, que até recentemente trabalhava no gabinete da diretoria-geral da Alerj, período em que as investigações contra TH Jóias e Bacellar já tramitavam.
A Operação Unha e Carne investiga o vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun, que culminou na prisão do então deputado estadual TH Jóias, em setembro, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca. Jóias é acusado de ligação com o Comando Vermelho, tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e negociação de armas.
A investigação revela que ele utilizava seu mandato para favorecer o crime organizado, incluindo a intermediação na compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones.
A Operação Unha e Carne está inserida nas determinações do STF no julgamento da ADPF 635/RJ, que atribuiu à Polícia Federal a condução de apurações sobre grupos criminosos violentos no estado do Rio de Janeiro e suas conexões com agentes públicos.
O caso envolve o vazamento de informações da Operação Zargun, que investigava o ex-deputado estadual TH Jóias.
Macário Júdice Neto tem uma trajetória marcada por afastamentos da magistratura. Seu primeiro afastamento ocorreu em 2005, por decisão do próprio TRF-2, em apuração sobre suposta participação em um esquema ligado à máfia dos caça-níqueis, quando atuava na Justiça Federal do Espírito Santo.
Em 2015, foi absolvido na ação penal relacionada ao caso, mas permaneceu afastado devido a um processo administrativo disciplinar (PAD). Em maio de 2023, foi nomeado desembargador federal, após indicação formal enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por ser o primeiro da lista de antiguidade do TRF-2.
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