Dia das Mães: como enfrentar a data em período de dor

A psicóloga Blenda Oliveira afirmou à CNN que a dor pode ser mais intensa nesta época do ano.

09/05/2025 21h03

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(Imagem de reprodução da internet).

O Dia das Mães é comemorado no segundo domingo de maio e, embora diversas famílias o celebrem com flores, abraços e mensagens de afeto, outras vivenciam o silêncio da falta e a tristeza da lembrança.

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Para compreender o sentimento que emerge na data comemorada globalmente, a CNN entrevistou Blenda Oliveira, doutora em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP).

A especialista explica que esses sentimentos não precisam ser evitados e que, nesta época do ano, a dor pode ser sentida com maior intensidade, devido às celebrações em torno da data.

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Isto ocorre devido ao ideal de maternidade e do vínculo entre mãe e filho(a) que frequentemente não se manifesta na realidade. Assim, a dor é amplificada porque a data resgata esse ideal e provoca comparações.

A psicóloga continua oferecendo orientações sobre como lidar com a pressão social para comemorar o Dia das Mães, estando em luto, e enfatiza que o essencial é respeitar seus sentimentos.

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Muitas vezes, o filho ou filha deseja ficar sozinho nessa data e estabelece esse limite, inclusive comunicando o quão difícil esse momento é. Adicionalmente, é importante evitar certos gatilhos, como acessar as redes sociais e observar as inúmeras postagens sobre mães e filhos.

Blenda ainda explica que, conforme o processo de luto da pessoa, pode haver o desejo de ver fotos, ouvir música e até mesmo reunir-se com a família. Recordar ou reviver alguns momentos pode ser importante para a pessoa. Por exemplo, visitar um restaurante que a mãe gostava ou preparar um prato que era preferido por ela pode ser uma forma de homenagear a memória da mãe.

A especialista ressalta que os primeiros anos tendem a ser os mais difíceis devido à desconstrução do papel, à elaboração do sentimento de perda e à busca incessante por equilibrar as expectativas com a realidade.

Contudo, ela afirma que, posteriormente, a data assume um caráter mais nostálgico e menos doloroso, com maior ênfase nas recordações em detrimento das dores, variando conforme o caso.

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Fonte: CNN Brasil

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