Diabetes e rins: como prevenir a progressão para doença renal crônica
O gerenciamento cuidadoso do diabetes contribui para a manutenção da saúde renal e previne complicações sérias a longo prazo.

Se você tem diabetes, seus rins merecem atenção redobrada, pois podem ser diretamente afetados pela doença. O que muita gente não sabe é que o diabetes é a principal causa de doença renal crônica (DRC) no mundo. Estima-se que 4 em cada 10 pessoas com diabetes desenvolvam algum grau de DRC.
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Qual o impacto do diabetes na função renal?
A nefropatia diabética é uma complicação frequente tanto no diabetes tipo 1 quanto no tipo 2. A glicemia mal controlada danifica os vasos sanguíneos dos rins, que são responsáveis pela filtração do sangue. Além disso, a pressão arterial elevada, comum em pessoas com diabetes, acelera essa progressão.
A questão é que essa lesão renal costuma progredir de maneira lenta e discreta. Na maioria dos casos, não há sinais clínicos nas fases iniciais, e muitos só identificam a enfermidade quando ela já está em estágio avançado — em um momento em que a diálise pode se tornar necessária. Dessa forma, a única maneira de identificar precocemente a doença renal diabética é por meio de exames de sangue e urina periódicos.
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Detecção precoce e diagnóstico
O diagnóstico tradicional se fundamenta na presença de proteínas (albumina na urina) e na avaliação da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe). Apesar disso, estudos indicam que, em certos pacientes, a diminuição da TFGe pode ocorrer mesmo sem albumina na urina. Isso ressalta a importância do acompanhamento regular.
Prevenção e tratamento da doença renal diabética.
A notícia positiva é que a lesão renal associada ao diabetes pode ser evitada ou atrasada por meio de ações simples e eficazes.
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Monitoramento constante: assegure a saúde dos rins.
Mesmo que você se sinta bem, é essencial avaliar a função renal ao menos uma vez por ano se você tem diabetes. A detecção precoce e o controle adequado dos fatores de risco são as melhores estratégias para evitar complicações graves no futuro e garantir qualidade de vida.
Dra. Carlucci Ventura – CRM/SP 75746. Nefrologista, membro da International Society of Nephrology.
Fonte por: Jovem Pan