Dick Cheney morre aos 84 anos: legado controverso na política americana

Dick Cheney, ex-vice-presidente, falece aos 84 anos. Figura proeminente na política americana, morreu após complicações de pneumonia e doenças cardíacas

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(Imagem de reprodução da internet).

Dick Cheney, uma figura proeminente na política americana, faleceu aos 84 anos, conforme anunciado por sua família em um comunicado divulgado nesta terça-feira. Sua morte ocorreu na noite de segunda-feira, devido a complicações decorrentes de pneumonia e doenças cardíacas e vasculares, segundo informações familiares.

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Influência e Ascensão Política

Cheney ascendeu a uma posição de destaque em Washington durante o governo do então governador do Texas, George W. Bush. Bush o escolheu como seu companheiro de chapa na eleição presidencial de 2000, que ele venceu. Essa escolha marcou o início de uma influência significativa na política nacional.

Papel na Administração Bush

Como vice-presidente de 2001 a 2009, Cheney desempenhou um papel fundamental na defesa da expansão do poder da Presidência, considerando que esse poder havia diminuído após o escândalo de Watergate e a saída de Richard Nixon. Ele também fortaleceu a influência do gabinete do vice-presidente, estabelecendo uma equipe de segurança nacional que frequentemente atuava como um centro de poder independente dentro do governo.

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Invasão do Iraque e Controvérsias

Cheney foi um defensor veemente da invasão do Iraque em 2003, sendo uma das vozes mais contundentes do governo Bush ao alertar sobre o suposto estoque de armas de destruição em massa do Iraque. No entanto, nenhuma dessas armas foram encontradas. Sua postura gerou conflitos com assessores importantes de Bush, incluindo os secretários de Estado Colin Powell e Condoleezza Rice.

Técnicas de Interrogatório e Críticas

Cheney também defendeu o uso de técnicas de interrogatório “aprimoradas” de suspeitos de terrorismo, que incluíam privação de sono e afogamento. Essas práticas foram amplamente criticadas por organizações como o Comitê Seleto de Inteligência do Senado dos EUA e o relator especial da ONU sobre combate ao terrorismo e direitos humanos, que as consideraram tortura.

Liz Cheney e oposição a Trump

Sua filha, Liz Cheney, também se tornou uma legisladora republicana influente, servindo na Câmara dos Deputados. No entanto, ela perdeu seu assento após se opor ao então presidente republicano Donald Trump e votar pelo impeachment dele após o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

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Dick Cheney concordou com sua posição, declarando que votaria na candidata democrata Kamala Harris em 2024.

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