50 Cent e P. Diddy: Uma Rivalidade de Décadas
A rivalidade entre 50 Cent e P. Diddy é uma das mais duradouras e complexas do hip-hop, com desentendimentos que se estendem desde o início dos anos 2000. Inicialmente focada em questões empresariais, a disputa ganhou novos contornos com acusações criminais e a produção de um documentário pela Netflix.
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Origens: Negócios e Desconfiança Em 2001, 50 Cent contribuiu com versos para a música “Let’s Get It”, de G. Dep, que incluía P. Diddy. Em 2003, recebeu o prêmio de Melhor Vídeo no VMA da MTV, um reconhecimento que, segundo ele, era puramente comercial.
O Rompimento Oficial O fim da relação ocorreu em 2006, quando Diddy se recusou a dar luz verde à assinatura do rapper Mase com a G-Unit, selo de 50 Cent. A exigência de US$ 2 milhões por parte de Diddy desencadeou a resposta de 50 Cent: “Mase não vale US$ 2 milhões nem com os US$ 2 milhões no bolso.” Na mesma época, 50 Cent lançou a faixa “The Bomb” (1997), que gerou polêmica com a frase “Puffy sabe quem fez aquilo.” Diddy negou qualquer envolvimento.
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Vodka e Concorrência Comercial A rivalidade continuou nos anos 2010, marcada por provocações públicas e concorrência comercial. Diddy representava a Ciroc, enquanto 50 Cent se tornou embaixador da Effen Vodka em 2014. Mesmo após vender sua participação na marca, o rapper continuou a comparar os negócios dos dois, e também relatou desconforto com convites e festas organizadas por Diddy, eventos que ele passou a evitar, alegando não condizerem com seus valores pessoais.
Escândalos e o Documentário Em novembro de 2023, Cassie Ventura entrou com um processo contra Diddy por agressão sexual. Em 2024, o artista foi preso por acusações de tráfico sexual e associação criminosa, após investigações federais. Em dezembro, foi lançado um documentário de quatro episódios, com imagens inéditas dos dias que antecederam a prisão, abordando as acusações e a conduta de Diddy ao longo dos anos. 50 Cent justificou o projeto, negando que se tratasse de uma vingança pessoal, afirmando que tem alertado sobre a conduta de Diddy há “dez anos” e que pretende influenciar o então presidente Donald Trump a não conceder perdão.
Julgamento e Recurso Em julho de 2025, Diddy foi inocentado das acusações mais graves — associação criminosa e tráfico sexual mediante coação — mas condenado por transporte para fins de prostituição. A pena foi fixada em pouco mais de quatro anos de prisão federal. Ele recorre da sentença.
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