Dilma afirma que o dólar enfrenta crescente ameaça originária dos Estados Unidos
O chefe do Banco dos Brics afirma que o dólar americano não é mais visto como um refúgio seguro por bancos centrais.

A presidente do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), o Banco dos Brics, Dilma Rousseff (PT), afirmou nesta 3ª feira (20.mai.2025) que o dólar norte-americano não é mais considerado um porto-seguro por bancos centrais ao redor do mundo. Segundo ela, atualmente a moeda está “sob uma crescente ameaça” que “vem de dentro dos EUA”.
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A ex-presidente da República proferiu a declaração ao comentar o segundo mandato do presidente Donald Trump (Partido Republicano) em seminário promovido pela Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT (Partido dos Trabalhadores).
Em um cenário de tensão global, observou-se uma valorização do dólar. Houve uma forte alta nos rendimentos dos títulos a longo prazo, concomitante à fraqueza da moeda.
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A presidente Dilma acrescentou que os Estados Unidos enfrentam um período de novas contradições. Declarou que a dívida interna superior a 34 trilhões de dólares, a desindustrialização acentuada e a diminuição da vantagem militar geram questionamentos no próprio cenário político americano.
Novo Polo
A presidente do Banco dos Brics ressaltou as mudanças na geoeconomia global e a forte atuação do Brics no cenário internacional.
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O bloco é composto por 11 países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
Unidas, as nações correspondem a 40% da população mundial e 36% do território global. Em 2023, representaram 39% do Produto Interno Bruto mundial. Em 2021, constituíram 26% das exportações e 22% das importações mundiais.
Reunião dos BRICS
A Cúpula de Líderes do Brics será realizada em 6 e 7 de julho, no Rio. O evento contará com a participação de representantes dos 11 membros principais e mais 9 parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
A reunião é muito importante para lidar com os desafios mais complexos entre os países, afirmou Dilma.
Ela destacou como as principais prioridades do grupo envolviam o desenvolvimento de sistemas de pagamento digitais, o progresso nos contratos já estabelecidos e a implementação de uma plataforma unificada. Não forneceu informações adicionais sobre a iniciativa.
Fonte: Poder 360