Dina Bolsonarista solicita que o Ministério Público Federal ouça o vice-presidente, Hamilton Mourão, em relação ao telefonema de Jair Bolsonaro
Ex-presidente teria contato com ex-vice antes do depoimento no STF como testemunha na ação de tentativa de golpe.

O ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou nesta 3ª feira (3.jun.2025) que o senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) compareça à PF (Polícia Federal) para prestar depoimento em relação a um telefonema que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria realizado com um congressista.
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A conversa foi divulgada pelo Metrópoles. Segundo o portal de notícias, Bolsonaro teria feito recomendações sobre o depoimento de Moro à Corte em 23 de maio. O senador foi indicado como testemunha do ex-presidente na ação penal por tentativa de golpe.
O ministro respondeu a um pedido da PGR, de 28 de maio, para que o senador fornecesse explicações sobre as informações da reportagem. O órgão também solicitou a instauração de uma petição separada e sigilosa para o caso.
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A PGR declarou que o texto jornalístico suscita a hipótese de que Mourão, em sua qualidade de testemunha, tenha sofrido constrangimento, intimidação ou coerção e que essa ligação possa ter influenciado indevidamente seu depoimento ao STF.
A notícia aponta a possibilidade de que a testemunha tenha sido submetida a constrangimento, intimidação ou qualquer forma de coação em relação ao conteúdo de seu depoimento, sugerindo que o testemunho foi influenciado indevidamente por pressão exercida por um dos réus da ação penal.
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A acusação mencionou um trecho da reportagem na qual Mourão teria afirmado que Bolsonaro instruiu o senador a “reforçar” a alegação de que ele não mencionara nenhuma ruptura institucional.
Mourão declarou ao STF que Bolsonaro estava “abatido” após a derrota eleitoral de 2022, sem mencionar qualquer intenção de romper com a ordem democrática.
Ele também testemunhou em favor do general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e do general Walter Braga Netto.
Mourão ainda afirmou que Bolsonaro estava “pronto” para entregar o cargo ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fonte por: Poder 360