Diretor-executivo sorteia Jeep e afirma ter demitido empregada por “questões éticas”
28/04/2025 às 11h27

A empresa que realizou o sorteio do Jeep Compass, vencido pela auxiliar de contabilidade Larissa Amaral da Silva, de 25 anos, declarou que a funcionária foi desligada devido a questões éticas e comportamentais. A auxiliar alega que foi demitida após questionar a empresa sobre os defeitos mecânicos do automóvel.
A Metrôpoles, assessoria da Quadri Contabilidade, sediada em Santos, litoral de São Paulo, informou que o sorteio era parte de uma ação de marketing interna. O vencedor teria o direito de utilizar o veículo durante o ano, cumprindo metas trimestrais.
Larissa, por não poder pagar o IPVA do carro, optou por sublocá-lo a outra empregada da empresa, o que não estava previsto no contrato, visto que o veículo estava sob a responsabilidade da empresa e seria transferido para o seu nome ao final do ano, implicando na necessidade de assumir as responsabilidades e custos relacionados à documentação, combustível e IPVA.
A demissão se deu após a ex-funcionária ter iniciado a criticar o plano de ação, do qual ela própria havia concordado e assinado, em outras áreas da empresa.
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Compreenda o caso.
Em nota nas redes sociais, o CEO Rodrigo Morgado explicou a situação. “O contrato firmado previa, de forma expressa, que a transferência definitiva do veículo ocorreria apenas em 13/12/2025, após o cumprimento integral das condições por 12 meses”, dizia a nota.
O caso foi divulgado em 10 de abril deste ano, quando Larissa compartilhou a situação nas redes sociais. Na postagem, ela relata que, no final do ano passado, recebeu um carro por meio de um sorteamento entre os funcionários, porém o veículo apresentava falhas.
A colaboradora informou ter investido aproximadamente R$ 10 mil no reparo do automóvel e, ao apresentar suas reclamações sobre falhas mecânicas à empresa, foi desligada. A nota da Quadri indica que o veículo havia sido inspecionado previamente à promoção e, no momento em que Larissa buscou a empresa para relatar os defeitos, foi disponibilizada a alternativa de devolução imediata do Jeep.
Larissa teria optado por fazer os reparos sozinha. Após três meses, o veículo apresentou falhas novamente, levando-a a pressionar a empresa para arcar com os custos, o que violaria os termos contratuais.
Fonte: Metrópoles