Disque Denúncia procura homicidas de militar da tropa de elite no Rio
Agente da Core foi atingido por tiros em operação contra instalação que produzia gelo com coliformes fecais; denúncias podem ser apresentadas de forma anônima.

A polícia procura informações que permitam a identificação dos responsáveis pelo assassinato do policial Josué Antônio Lourenço, ocorrido na manhã desta segunda-feira (19) durante uma operação no Complexo da Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro.
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A divulgação de um cartaz da campanha “Quem Matou?”, do Disque Denúncia, ocorreu algumas horas após o crime. A comunidade permanece ocupada por forças de segurança.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), declarou em publicação nas redes sociais: “Já determinei que a polícia não deixe a comunidade até que os responsáveis por esse ataque sejam encontrados”.
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A ação que resultou na tragédia fazia parte da Operação Gelo Podre, conduzida pela Delegacia do Consumidor (Decon) com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). O objetivo era fiscalizar fábricas clandestinas de gelo que abastecem vendedores ambulantes nas praias da Barra da Tijuca e do Recreio. Laudos da Cedae já haviam identificado coliformes fecais em amostras do produto.
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Qual policial da tropa de elite do Rio de Janeiro faleceu na Cidade de Deus
Durante a fiscalização, uma fábrica foi interditada por uso de água contaminada, e um dos responsáveis foi conduzido à delegacia. Em meio à operação, os agentes foram atacados por criminosos ligados à facção Comando Vermelho. José Antônio foi baleado e chegou a ser levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, mas não resistiu.
A investigação é conduzida pelo Núcleo de Investigação de Morte de Agentes de Segurança, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Ainda na tarde de segunda-feira, equipes da Polícia Civil iniciaram buscas intensivas pelos envolvidos. O confronto resultou no fechamento temporário da Linha Amarela, no sentido Fundação.
O Disque Denúncia solicita que qualquer informação que auxilie na resolução do caso seja encaminhada de maneira anônima pelo telefone (21) 2253-1177. As autoridades ressaltam que a identidade do denunciante será mantida em total sigilo.
Fonte: CNN Brasil