Documentário Território em Fluxo, da Brasil de Fato, concorre a um prêmio de direitos humanos
Serão divulgados os ganhadores na cerimônia de entrega de prêmios, que ocorrerá em 22 de setembro.

O documentário brasileiro do Brasil de Fato, Território em Fluxo, acerca da região conhecida como Cracolândia, em São Paulo, é uma das cinco produções jornalísticas finalistas da 14ª edição do Prêmio Amaerj. A Amaerj é a Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro.
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Resultante de nove meses de investigação e 30 entrevistas, a produção apresenta a complexidade da Cracolândia sob a perspectiva de quem reside e trabalha no local, desafiando visões estigmatizadas.
A região persiste, mesmo com as promessas de diversos governos de acabar com o “fluxo” e as políticas repressivas e tentativas de gentrificação. A produção analisa essas questões e ressalta ações de cultura, cuidado e mobilização política que confrontam a lógica do tráfico de drogas.
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A série compreende cinco episódios. O primeiro recupera a trajetória do bairro, que antes representava luxo e cultura, transformando-se na maior área de consumo de crack do país. O segundo apresenta ações como rodas de samba, teatro e saraus que incentivam o cuidado e a cidadania. O terceiro expõe o conflito pela habitação no centro, caracterizado pela gentrificação e por vivências como os hotéis sociais.
O quarto episódio aborda a violência policial sofrida pela população do fluxo, decorrente de décadas de políticas repressivas. Na sequência, são apresentadas alternativas elaboradas por aqueles que atuam no território, com foco na redução de danos e no combate à criminalização da pobreza.
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Cerimônia
Os premiados serão anunciados na cerimônia de premiação, que acontecerá em 22 de setembro, no salão histórico do 1º Tribunal do Júri, situado no Museu da Justiça (Rua Dom Manuel, nº 29, 2º andar, Centro do Rio).
Foram inscritos 349 trabalhos, categorizados em Trabalhos dos Magistrados, Trabalhos Acadêmicos, Práticas Humanísticas e Reportagens Jornalísticas. Esta última obteve o maior número de inscrições, com 203 matérias, seguida por Trabalhos Acadêmicos (72), Práticas Humanísticas (62) e Trabalhos dos Magistrados (12).
Fundado em 2012 pela Amaerj, o prêmio homenageia a memória da juíza Patrícia Acioli, assassinada por policiais militares em 2011, quando exercia a titularidade da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. A iniciativa visa reconhecer, divulgar e estimular ações em defesa dos direitos humanos, promovendo a visibilidade de práticas e produções significativas na área.
Reportagens em fase final.
Território em Fluxo Autores: Nina de Almeida Fideles e equipe (Site Brasil de Fato)
Bonde dos Fantasmas
Caso K – A história oculta do fundador da Casas Bahia Autores: Thiago Domenici e equipe (Agência Pública)
Crise climática: impactos nos direitos em áreas da Amazônia Artigos: Fernanda Melo da Escóssia e equipe (Sites Sumaúma e InfoAmazonia)
A violência obstétrica ainda impacta mulheres encarceradas três anos após a Lei de Tratamento Humanitário.
Veja o primeiro episódio da série:
Fonte por: Brasil de Fato