Documento da UE divulgado em março aponta risco de ataque cibernético
28/04/2025 às 13h08

Um documento da União Europeia, divulgado em 26 de março, intitulado Estratégia da União de Preparação para Prevenir e Reagir a Ameaças e Crises Emergentes, menciona explicitamente ameaças cibernéticas como um dos desafios crescentes que o bloco econômico enfrenta.
Espanha e Portugal estão sob desligamento total desde as 12h30, horário local (aproximadamente 7h30, horário de Brasília), nesta segunda-feira (28/4). Inicialmente, autoridades portuguesas atribuíram o apagão a um ataque cibernético, mas, posteriormente, identificaram a causa como um fenômeno atmosférico raro.
A população deve criar um kit de sobrevivência com duração de, no mínimo, 72 horas.
O que se sabe até agora
A estratégia da UE define 30 ações prioritárias e um plano abrangente para fomentar uma “cultura de preparação” em todas as políticas da União. O objetivo é assegurar funções sociais cruciais, preparar a população, otimizar a coordenação em situações de crise, reforçar a cooperação entre setores civil e militar e ampliar as capacidades de antecipação.
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O apagão generalizado na Espanha e Portugal, ocorrido nesta segunda-feira, estava inicialmente associado a um possível ciberataque liderado pelo ministro Adjunto e da Coesão Territorial de Portugal, Manuel Castro Almeida. Contudo, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, negou a existência de indícios de um ataque cibernético que tenha causado a queda de energia.
A falha no abastecimento de energia elétrica no país ocorreu devido a uma ocorrência na rede elétrica espanhola, associada a um fenômeno atmosférico incomum, denominado vibração atmosférica induzida.
Devido a variações extremas de temperatura no interior de Espanha, foram identificadas oscilações anormais nas linhas de muito alta tensão (400 kV), um fenômeno conhecido como vibração atmosférica induzida, informou a REN em nota oficial.
As variações desse tipo provocaram interrupções na sincronização entre os sistemas elétricos, gerando um efeito em cascata de apagões na infraestrutura europeia, que é altamente integrada.
A recuperação da energia poderá levar até uma semana, em razão da complexidade do fenômeno e da necessidade de ajustar os fluxos elétricos internacionais.
Ainda há relatos de falta de energia em várias cidades de Portugal, incluindo Lisboa, onde o aeroporto foi fechado. Informações iniciais apontam para o cancelamento de todos os voos.
Há escassez de enlatados e água nos supermercados, e as filas de clientes atingem uma hora. A Unidade Local de Saúde Santa Maria ativou o plano de contingência, às 14h, e suspendeu todas as atividades agendadas.
Na Espanha, todos os aeroportos e estações de metrô das principais cidades ficaram parados. Madri decretou estado de emergência nível 2, que se estende ao nível 3. O Aeroporto de Barajas permanece sem energia e o metrô está parado e sem luz. Todo o tráfego ferroviário na Espanha foi interrompido.
O Hospital La Paz, um dos maiores de Madri, implementou um plano de economia de energia, desligando “luzes desnecessárias”, como em corredores e escritórios, e suspendeu atividades programadas de atendimento não urgente até terça-feira (29/4), conforme reportado pelo jornal espanhol El País.
Fonte: Metrópoles