Dólar à Vista Fortalece com Expectativas de Juros Altos
O dólar à vista fechou a sessão desta quinta-feira, 30, em alta de 0,40%, atingindo R$ 5,381, após variar entre R$ 5,37 e R$ 5,395. Essa valorização se deve, em parte, à postura mais reservada de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.
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Na quarta-feira, 29, o Fed reduziu os juros em 0,25 ponto percentual (p.p.), posicionando os “fed funds” na faixa entre 3,75% e 4%. Contudo, o discurso de Powell gerou dúvidas no mercado. Powell declarou que essa redução foi uma medida de gerenciamento de riscos, visando alinhar a política monetária a uma postura neutra, e acrescentou que não haveria cortes de juros em dezembro.
Essas declarações impulsionaram o Índice DXY, um movimento que se repete nesta quinta-feira, juntamente com os títulos do Tesouro americano (treasuries). Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, explica que, apesar da redução de 0,25 p.p. na segunda vez consecutiva, a interpretação do comunicado como cautelosa elevou os rendimentos dos títulos, aumentando a demanda pelo dólar.
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Avanço do Dólar e Tensão Comercial
O fortalecimento da moeda americana também está relacionado à pausa nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O presidente Donald Trump anunciou, nesta quinta-feira, que diminuiria as tarifas sobre produtos chineses após uma reunião com Xi Jinping, em Busan, na Coreia do Sul.
No entanto, o mercado reagiu com ceticismo ao acordo bilateral, considerando a falta de avanços concretos e gerando uma aversão ao risco, o que impulsionou o dólar.
Entendendo o Dólar à Vista e Futuro
O dólar à vista é o valor negociado no mercado de câmbio para liquidação imediata, geralmente em até dois dias úteis. É utilizado em operações de curto prazo por empresas e instituições financeiras, oferecendo transparência no momento da transação.
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O dólar futuro, por outro lado, são contratos de compra e venda da moeda para liquidação em uma data futura. Negociado na bolsa, auxilia empresas e investidores a se protegerem da volatilidade cambial, com sua cotação influenciada pelas expectativas do mercado.
