Dólar abre em queda devido a dados de emprego nos EUA e discussões sobre tarifas

Na última quarta-feira (30/4), o dólar subiu 0,83% em relação ao real, sendo negociado a R$ 5,677. O Ibovespa encerrou o dia com uma leve queda de 0,02%.

02/05/2025 9h18

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(Imagem de reprodução da internet).

Após o feriado do Dia do Trabalhador, na primeira cotação do mercado brasileiro em maio, o dólar apresentava queda nesta sexta-feira (2/5), com os investidores voltando a acompanhar os acontecimentos nos Estados Unidos.

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Dólar

China e Estados Unidos iniciam negociações sobre tarifas.

De acordo com um comunicado do Ministério do Comércio da China, o governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, “tem transmitido mensagens por meio de canais relevantes”.

Pequim declarou que buscará prosseguir com diás diretos com Washington, visando reduzir as tarifas aplicadas sobre importações entre os países.

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Os Estados Unidos demonstraram interesse em negociar sobre a questão tarifária, segundo o governo chinês.

Contudo, Pequim afirma que as autoridades americanas devem demonstrar sua sinceridade nas negociações, estando dispostas a abordar questões como a correção de práticas inadequadas e a suspensão de tarifas impostas de forma isolada.

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Antes da declaração oficial do governo chinês, informações sobre o início das negociações entre EUA e China foram divulgadas por perfis associados ao regime em redes sociais.

De acordo com a CCTV, não é necessário que a China negocie antes que os EUA façam movimentos concretos, mas, se desejarem se envolver com a China, não há prejuízo nessa fase, e o lado chinês precisa observar e até mesmo forçar as verdadeiras intenções dos EUA.

A China declarou que “afirmar uma coisa e agir de outra forma ou usar as negociações para tentar coerção ou extorsão não terá sucesso com a China”.

Pequim afirmou que, caso os EUA não demonstrem abertura para uma negociação com os chineses, isso evidenciará sua falta de sinceridade e prejudicará ainda mais a confiança mútua.

Atualmente, produtos chineses importados para os EUA estão sujeitos a impostos que podem chegar a 145%, em alguns casos. Trata-se da combinação de tarifas de 125% anunciadas pelo presidente norte-americano no mês passado e de taxas de 20% aplicadas no início do ano.

A China respondeu com tarifas de 125% sobre produtos americanos.

Dados de emprego nos EUA

A disputa comercial não é o único tema relevante para o mercado nesta sexta-feira. Os investidores também analisam os dados de emprego divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA.

Refere-se ao chamado “payroll”, um indicador econômico mensal dos EUA que demonstra a evolução do emprego no país, excluindo o setor agrícola.

O relatório, publicado pelo Bureau of Labor Statistics (BLS), é considerado crucial para as análises sobre o desempenho da economia americana.

Em março, o sistema de registro de empregos indicou a criação de 229 mil vagas fora do agronegócio e uma taxa de desemprego de 4,2%.

A força do mercado de trabalho nos EUA é um dos fatores avaliados pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para determinar a taxa de juros e reduzir a demanda econômica, visando controlar a inflação.

Acelerada criação de empregos nos EUA pode levar o Federal Reserve a endurecer sua política monetária.

Em março, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Fed anunciou a manutenção da taxa básica de juros em uma faixa de 4,25% a 4,5% ao ano. A reunião foi a segunda consecutiva em que a autoridade monetária norte-americana manteve a taxa inalterada. O aumento da taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para combater a inflação.

Antes das últimas reuniões, o Fed conduziu um ciclo de três cortes sucessivos das taxas de juros nos EUA, iniciado em setembro do ano anterior – o primeiro corte em cinco anos. Desde então, o Banco Central norte-americano sempre enfatizou a necessidade de cautela e de analisar minuciosamente os indicadores econômicos para definir suas decisões de política monetária.

O Índice de Preços ao Consumidor nos EUA (CPI), na sigla em inglês, registrou 2,4% em março, na base anual, uma redução de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior (quando foi de 2,8%). Na comparação mensal, a taxa caiu 0,1%, após alta de 0,2% em fevereiro. A meta de inflação nos EUA é de 2% ao ano. Apesar de não estar nesse patamar, o índice tem se mantido abaixo de 3% desde julho de 2024.

A próxima reunião do Fed ocorrerá na semana seguinte, nos dias 6 e 7 de maio.

Bolsa de Valores

As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), iniciam-se às 10 horas.

Na última quarta-feira, o índice registrou queda de 0,02%, situando-se em 135 mil pontos, próximo da estabilidade.

Apesar do desempenho negativo, o Ibovespa registrou ganhos de 3,69% em abril. Em 2025, a projeção de alta é de 12,29%.

Fonte: Metrópoles

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